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Cooperativismo: O modelo de trabalho que superou o PJ e o CLT

Não é de hoje que o mercado passa por mudanças significativas em seus modelos de trabalho. Enquanto alguns enxergam na CLT a rota mais estável, outros encontram uma maior flexibilidade no regime de Pessoa Jurídica (PJ).

A realidade é de que o Brasil vem passando diversas transformações que degradam esses modelos há anos, os tornando arcaicos e obsoletos. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) do Instituto de Geografia e Estatística (IBGE) em 2022, o número de empregados sem carteira assinada no setor privado ficou em 12,5 milhões de pessoas. No ano de 2023, foram incluídos 2,2 milhões de pessoas nessa condição. Já o número de trabalhadores por conta própria ficou em 25,5 milhões de pessoas.

Mas como o cooperativismo se destaca em meio a esses modelos de trabalho? A resposta está na sua capacidade de proporcionar vantagens tanto para profissionais, quanto para empresas. O trabalho cooperado surge como uma alternativa sólida para aqueles que buscam um equilíbrio entre autonomia e flexibilidade, permitindo uma maior liberdade e melhor aproveitamento de suas remunerações. Isso é possível graças à estrutura única das cooperativas que é gerida pelos próprios trabalhadores.

Segundo o Anuário Coop 2023, existem 4.693 cooperativas registradas junto ao Sistema OCB, presentes em mais de 1.415 municípios, levando produtos e serviços de qualidade, preço justo e com responsabilidade socioambiental à população. Além disso, o número de cooperados chega a aproximadamente 20,5 milhões.

Esses números demonstram o poder do cooperativismo em fornecer uma alternativa de trabalho viável e atrativa. Nesse contexto, hoje vamos falar sobre como o modelo cooperativista se tornou o melhor caminho para trilhar em direção ao sucesso profissional!

Índice:

  • Como funciona o cooperativismo?
  • O que são cooperativas de trabalho?
  • Flexibilidade do trabalho
  • Inovação profissional no cooperativismo
  • Desburocratização do modelo
  • Conclusão

Como funciona o cooperativismo?

Compreender o funcionamento de uma cooperativa é vital, no entanto, existe um fator extremamente importante nessa equação, chamado de economia solidária. Tendo como foco o bem-estar dos profissionais, que, muitas vezes, é defasado em outros modelos de contratação, essas pessoas procuram uma nova alternativa para ressignificar o seu caminho pessoal e profissional.

Para auxiliar esses profissionais a lidar melhor com seus desafios, o cooperativismo se apresenta como uma alternativa valiosa, fundamentada em uma abordagem cooperativa, onde o foco é no beneficiamento mútuo.

As tomadas de decisão também são em conjunto, cada cooperado tem direito a um voto na assembleia tornando a democracia uma das principais características desse modelo, além disso, na cooperativa, o cooperado tem retorno proporcional à sua participação. Isso significa que, ao contrário do modelo PJ, onde o risco é assumido individualmente, no cooperativismo, os riscos e recompensas são compartilhados, criando um ambiente de trabalho mais participativo e equitativo. Permitindo uma relação justa entre cooperativa, tomador e cooperado, com beneficiamento mútuo.

O que são cooperativas de trabalho?

Presente no Brasil desde 1889 e tendo sua regulamentação a partir (Lei nº 5.764 / 1971), as cooperativa de trabalho são a junção de um grupo de trabalhadores unidos por objetivos comuns, visando aprimorar suas condições socioeconômicas e gerais de trabalho, tais como qualificações e renda, através da realização de atividades de interesse compartilhado, mantendo autonomia e autogestão.

Em termos mais simples, as cooperativas de trabalho surgem da associação de profissionais autônomos que se unem para aprimorar suas condições laborais. 

Em muitas situações, esses grupos são formados por profissionais da mesma área que optam por exercer suas atividades de maneira conjunta, o que acaba por reduzir custos e potencializa a oferta. Exemplificando, existem cooperativas especializadas em tecnologias da informação, advocacia, serviços de segurança, entre outras.

Flexibilidade do trabalho

Desde o final da do século XX, o aumento do desemprego tem sido avassalador, principalmente nas grandes empresas, para suprir essa falta de ofertas, houve um aumento de emprego na pequena e média empresa que muitas das vezes não aborda de forma ideal as questões trabalhistas.

Para as empresas, operar num ambiente de incertezas e de complexidades tem sido um desafio. Por isso, a desburocratização do trabalho, é o primeiro passo para a rápida adaptação e sobrevivência dessas empresas.

Nesse contexto, o modelo cooperativista se apresenta como uma opção eficiente. Permitindo aos profissionais cooperados uma maior flexibilidade e controle sobre seu trabalho, levando uma maior satisfação e produtividade. Esse aspecto torna-se especialmente valioso em um ambiente de constante transformação e novas demandas profissionais.

Inovação profissional no cooperativismo

Segundo o Co-op UK Research Report, uma das maiores pesquisas sobre cooperativismo já realizadas, um terço dos entrevistados relatam que as cooperativas do Reino Unido proporcionam experiências de trabalho que levam a mais inovação dos membros e melhores oportunidades.

No gráfico abaixo, é possível observar a unanimidade das respostas sobre como ser membro de uma cooperativa é um fator determinante para a inovação. A pesquisa mostra que grande parte dos entrevistados pensam de forma semelhante sobre o assunto.

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 Fonte: Co-op UK Research Report (2017)

As cooperativas, ao reunirem profissionais de diversas áreas, estimulam a troca de conhecimentos e a busca por soluções criativas. Esse ambiente propício à inovação é uma resposta às limitações muitas vezes impostas pelos modelos tradicionais, promovendo uma cultura de aprendizado contínuo e melhoria constante. Isso pode resultar em melhores produtos e serviços, o que beneficia tanto os membros da cooperativa quanto a comunidade em geral.

Desburocratização do modelo

Enquanto a CLT impõe uma série de burocracias, algumas das quais podem ser excessivas, as cooperativas proporcionam um ambiente mais fluido e autônomo. A agilidade na tomada de decisões e na execução de atividades é uma marca registrada desse modelo colaborativo.

As assembleias gerais têm um papel fundamental nesse contexto justamente por trabalharem com o sistema de votos de seus membros tanto para pautas internas, que beneficiaram os membros, quanto pautas externas que procuram o melhor da cooperativa como um todo. A seguir, é possível observar um gráfico da mesma pesquisa citada anteriormente. 

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 Fonte: Co-op UK Research Report (2017)

Dos entrevistados, 77% afirmaram que elegeram suas lideranças, dessa forma, esses líderes desempenharam um papel ainda mais profundo para proporcionar melhores condições aos membros da cooperativa.

Conclusão

Pensando em trazer um ambiente mais competitivo e inovador, o cooperativismo se apresenta como uma alternativa capaz de superar as limitações da CLT e do modelo PJ justamente por seu modelo único e que traz melhores condições de trabalho.

À medida que mais pessoas se familiarizarem com esse modelo, é possível transformar o panorama profissional de diversos trabalhadores e também de organizações e empresas que anseiam por profissionais com as bases nesse modelo.

E não se esqueça, estamos aqui para te auxiliar a trilhar esse novo caminho da melhor forma possível. Nossa calculadora de remuneração pode te auxiliar a entender melhor sobre os números de cada modelo.

Caso tenha interesse em entender melhor sobre esse modelo, entre em contato conosco em nosso site e descubra como podemos trabalhar juntos nesse novo caminho!
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