O Sicoob promoveu nesta terça-feira (29) mais uma edição do Encontro de Cidadania e Sustentabilidade, com foco em estratégias para ampliar o impacto socioambiental do cooperativismo financeiro no Brasil.
O evento reuniu cerca de 70 profissionais do setor, entre analistas e assistentes de cooperativas centrais, e contou com a participação do Sistema OCB.
Desde 2018, o encontro tem se consolidado como espaço colaborativo para definir prioridades e alinhar planos de ação voltados à inclusão social, desenvolvimento territorial e práticas sustentáveis.
Durante o painel Cooperativismo financeiro: caminhos para um futuro sustentável, representantes do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC) discutiram os avanços do setor e os preparativos para a COP30, que ocorrerá em novembro, em Belém (PA).
A analista técnica do Ramo Crédito, Feulga Reis, destacou que o SNCC já alcança 21,3 milhões de cooperados, com 753 cooperativas singulares e 26 centrais, movimentando R$ 885 bilhões em ativos.
Em 469 municípios, as cooperativas são a única instituição financeira presente. “O crédito cooperativo chega onde as instituições tradicionais não chegam e transforma realidades. Esse é o impacto que queremos potencializar com ações integradas de cidadania e sustentabilidade”, afirmou.
Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas, apresentou um conjunto de soluções desenvolvidas para apoiar as cooperativas na transição para modelos sustentáveis.
Entre elas, o mapeamento de emissões de gases de efeito estufa, incentivos ao uso de energia renovável e projetos de desenvolvimento territorial com inclusão social e preservação ambiental.
“O cooperativismo é um modelo que não deixa ninguém para trás. Queremos mostrar que é possível crescer de forma economicamente viável, socialmente justa e ambientalmente responsável”, afirmou Débora, ao reforçar o papel do setor na agenda climática.
O encontro também abriu espaço para debate com os participantes, que tiraram dúvidas sobre a atuação do Sicoob e da OCB em temas como a COP30 e os desafios de implementar práticas ESG no cooperativismo financeiro.
A expectativa é que as ações definidas neste ciclo fortaleçam o protagonismo do cooperativismo frente às metas ambientais e sociais dos próximos anos, reafirmando seu compromisso com o desenvolvimento local e o bem-estar coletivo.
