Brasil busca novos mercados para reduzir impacto de tarifa dos EUA

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, classificou como “contraproducente” a decisão dos Estados Unidos de adotar novas tarifas sobre produtos brasileiros. Para ele, a medida mistura agendas políticas e econômicas, prejudicando empresas e empregos no país.

A declaração foi feita no sábado (9), durante o seminário Esfera Infra, no Recife, que também contou com a participação dos ministros Jader Filho (Cidades) e Vinícius de Carvalho (Controladoria-Geral da União).

Costa Filho afirmou que a taxação, atribuída a pressões de setores mais radicais da política norte-americana, compromete milhares de empresas brasileiras. Ele também destacou que, mesmo com o cenário adverso, o governo vem acelerando a busca por alternativas comerciais. 

“Em pouco menos de dois anos e meio, o governo Lula abriu mais de 390 novos mercados. Não gostaríamos que essa decisão tivesse acontecido, mas ela reforça a necessidade de expandir nossas exportações para a Ásia, Europa e outros destinos”, disse.

O ministro criticou o rumo econômico dos EUA sob Donald Trump, citando riscos de recessão, aumento do desemprego e inflação global. 

Já o ministro Jader Filho disse esperar que lideranças norte-americanas pressionem pela revisão das medidas, classificando a política externa atual como uma “loucura”.

Vinícius de Carvalho alertou ainda para a suspensão, por parte do governo Trump, de legislações que puniam empresas norte-americanas envolvidas em corrupção no exterior. 

Ele ressaltou que o Brasil, desde o fim da ditadura, vem fortalecendo instituições e práticas voltadas à cooperação internacional, à transparência e ao combate à corrupção, pilares que, segundo ele, devem ser preservados.

Foto: Timelab/Unsplash

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