O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, oficializou nesta quarta-feira (30) a tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros, elevando a taxação total para 50%. A medida passa a valer em 6 de agosto e deve afetar de forma significativa o comércio entre os dois países.
Apesar do impacto esperado, quase 700 itens ficaram de fora da nova alíquota. Entre os setores mais beneficiados estão o aeronáutico, energético e agrícola, que tiveram produtos listados nas exceções.
No caso da aviação, a Embraer surge como grande favorecida. Os Estados Unidos respondem por 45% das vendas de jatos comerciais e 70% das de jatos executivos da fabricante brasileira. Com a exclusão do setor aeronáutico da tarifa extra, as ações da companhia subiram 10% após o anúncio.
Também estão fora da cobrança adicional combustíveis, veículos de passageiros e caminhões leves, fertilizantes, determinados eletrônicos, além de suco de laranja e castanha-do-brasil. Produtos metálicos específicos, como silício, ferro-gusa, ferroníquel e ouro, além de madeira tropical e fibras de sisal, também entraram na lista de exceções.
O pacote ainda abrange energia elétrica, derivados de petróleo, carvão, doações humanitárias e até artigos de bagagem pessoal. Produtos já em trânsito antes do início da vigência da medida também não serão atingidos, desde que cheguem aos EUA até 5 de outubro.
Embora o tarifaço continue representando um desafio para as exportações brasileiras, as exceções indicam algum espaço de alívio para setores estratégicos da economia.
O impacto, no entanto, será relevante, já que a taxação atinge áreas sensíveis como carne, café, calçados e frutas, que ficaram fora da lista de isentos.
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