Um levantamento da empresa de segurança Kaspersky revelou que o phishing é hoje o crime cibernético mais comum no Brasil.
Só nos últimos 12 meses, foram registrados 553 milhões de ataques do tipo, o equivalente a quase três por habitante. O anúncio foi feito durante a 15ª Semana de Cibersegurança, realizada em Manaus.
O phishing funciona por meio do envio de links maliciosos que levam o usuário a fornecer informações pessoais ou permitem a instalação de vírus em celulares e computadores.
Esses links chegam, em geral, por e-mail, SMS, WhatsApp e outras redes sociais. Uma vez acessados, podem abrir caminho para o roubo de dados financeiros e senhas sensíveis.
A Kaspersky informou que, no mesmo período, foram bloqueados 1,3 bilhão de tentativas de phishing em toda a América Latina, o que equivale a 3,5 milhões de ataques por dia. O Brasil concentra a maior parte dessas ações, cenário que especialistas atribuem ao tamanho do mercado e ao baixo nível de educação digital.
Segundo Fábio Assolini, diretor de pesquisa da Kaspersky para a América Latina, há pouca preocupação dos brasileiros com medidas de segurança, como o uso de VPNs. Além disso, muitos usuários ainda compartilham informações pessoais abertamente nas redes sociais, o que aumenta a vulnerabilidade.
Para reduzir os riscos, os especialistas recomendam medidas simples, mas eficazes. A primeira é contar com um antivírus atualizado, capaz de bloquear ações de criminosos. Também é essencial desconfiar de links suspeitos e manter sempre em dia as atualizações de sistemas operacionais e aplicativos.
Outra prática importante é evitar salvar senhas diretamente no navegador. Essa medida adiciona uma camada de proteção contra possíveis invasões.
A Kaspersky alerta que o phishing continuará sendo uma das principais ameaças digitais no país e que a conscientização da população é fundamental para diminuir os riscos desse tipo de golpe.

