O desemprego no Brasil caiu para 5,6% no trimestre encerrado em setembro, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo IBGE nesta sexta-feira (31). O índice representa o menor nível da série histórica, iniciada em 2012, e consolida a tendência de recuperação do mercado de trabalho.
Na comparação com o trimestre anterior, a taxa recuou 0,2 ponto percentual, ante os 5,8% registrados até junho. Frente ao mesmo período de 2024, a queda foi ainda maior, de 6,4% para 5,6%.
O número de pessoas desocupadas chegou a 6,045 milhões, o menor contingente já registrado pela pesquisa, uma redução de 11,8% em um ano e de 3,3% em relação ao trimestre anterior.
A população ocupada se manteve estável em 102,4 milhões de pessoas, mantendo o nível recorde alcançado no trimestre anterior. O total de empregados com carteira assinada chegou a 39,229 milhões, novo recorde histórico.
A renda média real dos trabalhadores também cresceu, atingindo R$ 3.507, o maior valor desde o início da série. O aumento foi de 0,3% em relação ao trimestre anterior e 4% na comparação anual.
A taxa composta de subutilização, que inclui desempregados, subocupados e pessoas que poderiam trabalhar, mas não procuraram emprego, caiu para 13,9%, a menor desde o início da Pnad Contínua. O número de subocupados por insuficiência de horas foi de 4,535 milhões, o menor desde 2016.
A força de trabalho potencial recuou para 5,2 milhões, o menor patamar desde 2015, enquanto a população desalentada, pessoas que desistiram de procurar emprego, caiu para 2,637 milhões, bem abaixo do pico de 5,8 milhões registrado em 2021.
Os dados reforçam o fortalecimento do mercado de trabalho brasileiro, sustentado pela formalização dos vínculos empregatícios e pelo aumento da renda real, mesmo diante do cenário de desaceleração econômica global.
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

