O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) encerrou outubro com alta de 0,14%, após variação de 0,19% na terceira quadrissemana e avanço de 0,65% em setembro, conforme dados divulgados nesta quinta-feira (31) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O indicador acumula elevação de 3,60% nos 12 meses encerrados em outubro e 3,42% no ano.
O resultado veio ligeiramente acima da mediana das estimativas da pesquisa Projeções Broadcast, que previa alta de 0,13%. As projeções variavam de queda de 0,02% a avanço de 0,16%.
Dos oito grupos que compõem o IPC-S, quatro apresentaram decréscimo na variação da terceira para a quarta quadrissemana de outubro:
- Educação, Leitura e Recreação: de 0,37% para -0,43%;
- Habitação: de -0,03% para -0,23%;
- Vestuário: de 0,79% para 0,66%;
- Comunicação: de 0,23% para 0,14%.
Em contrapartida, quatro grupos avançaram no período:
- Saúde e Cuidados Pessoais: de 0,21% para 0,58%;
- Despesas Diversas: de 0,45% para 0,50%;
- Alimentação: de 0,05% para 0,08%;
- Transportes: de 0,32% para 0,33%.
Entre os itens com maior impacto negativo, destacam-se:
- Tarifa de eletricidade residencial: -2,01% para -2,83%;
- Passagem aérea: 0,93% para -5,44%;
- Banana-prata: -5,85% para -7,76%;
- Arroz: -3,07% para -3,14%;
- Leite longa vida: -0,59% para -1,56%.
Por outro lado, contribuíram para pressionar o índice para cima:
- Perfume: -0,82% para 3,65%;
- Gasolina: 0,35% para 0,50%;
- Serviços bancários: mantiveram alta de 0,81%;
- Cinema: desacelerou de 14,33% para 9,39%, mas ainda impactou positivamente;
- Plano e seguro de saúde: mantiveram elevação de 0,46%.
O resultado confirma o cenário de desaceleração gradual da inflação, observado também em outros indicadores de preços. A queda nas tarifas de energia e passagens aéreas compensou pressões em itens de consumo pessoal e combustíveis, sinalizando um quadro de estabilidade de preços ao fim de outubro

