O Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (24) pelo Banco Central voltou a indicar um cenário de alívio gradual para a inflação nos próximos anos.
A projeção para o IPCA de 2025 passou de 4,46% para 4,45%, enquanto as estimativas para o câmbio e o crescimento econômico permaneceram estáveis, com dólar previsto em R$ 5,40 e avanço de 2,16% no PIB. A Selic estimada para o fim de 2025 segue em 15%, completando 22 semanas consecutivas de estabilidade.
As revisões também alcançaram o horizonte mais longo. A inflação projetada para 2026 recuou de 4,20% para 4,18%, enquanto a estimativa para 2027 permaneceu em 3,80% pela terceira semana seguida. Para 2028, o mercado manteve a projeção de 3,50% pela terceira semana.
No caso de 2024, a expectativa recuou pela segunda semana, passando de 4,46% para 4,45%. O IGP-M também registrou novo recuo para 2025, passando de -0,32% para -0,41%, movimento que se repete há 11 semanas.
Para 2026, a projeção cedeu de 4,02% para 4%, enquanto 2027 permaneceu em 4% pela 45ª semana consecutiva. Em 2028, o indicador seguiu em 3,80%.
Os preços administrados tiveram revisão para cima em 2025, passando de 5,06% para 5,13%. Para os anos seguintes, houve recuos: em 2026, de 3,86% para 3,80%; em 2027, de 3,70% para 3,65%; e em 2028, de 3,60% para 3,50%.
As projeções do PIB mantiveram estabilidade. A estimativa para 2026 permaneceu em 1,78% pela quarta semana seguida, enquanto 2027 ficou em 1,88% pela segunda semana.
Para 2028, o mercado mantém expectativa de crescimento de 2%, sem alterações há 89 semanas. No câmbio, as projeções seguiram inalteradas.
A estimativa para 2026 permaneceu em R$ 5,50 pela sexta semana consecutiva, mesma marca prevista para 2027 e 2028, ambos estáveis há quatro semanas.
Os juros projetados para os anos seguintes tiveram ajustes pontuais. A estimativa para a Selic em 2026 recuou de 12,25% para 12%, primeira queda após semanas de estabilidade.
Para 2027, a projeção seguiu em 10,50%, mantendo 41 semanas sem mudanças. Em 2028, a taxa esperada caiu de 10% para 9,75%, também marcando a primeira revisão para baixo.
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

