As projeções de mercado para a economia brasileira voltaram a ser ajustadas nesta segunda-feira (20), de acordo com o Relatório Focus divulgado pelo Banco Central.
Pela quarta semana seguida, analistas revisaram para baixo a expectativa de inflação, com a estimativa do IPCA caindo de 4,72% para 4,70%.
Já a previsão para o PIB (Produto Interno Bruto) teve leve alta, passando de 2,16% para 2,17%, enquanto a taxa básica de juros (Selic) permaneceu em 15% ao ano, mantendo-se inalterada pela décima sétima semana consecutiva.
A pesquisa mostra continuidade no movimento de desaceleração das projeções de preços. Para os próximos anos, as estimativas também foram ajustadas:
- 2026: de 4,28% para 4,27%;
- 2027: de 3,90% para 3,83%;
- 2028: de 3,68% para 3,60%.
No caso do IGP-M, indicador que reflete variações de preços em atacado, construção e consumo, as projeções caíram de 0,95% para 0,87% em 2025, e ficaram estáveis em 4,20% para 2026.
As expectativas para o dólar mantiveram-se em R$ 5,45 neste ano. Para os anos seguintes, o mercado projeta R$ 5,50 em 2026, R$ 5,51 em 2027 e R$ 5,56 em 2028.
Já as projeções para a Selic não sofreram alteração:
- 2026: 12,25%;
- 2027: 10,50%;
- 2028: 10%.
As previsões para o crescimento da economia seguem positivas, mas em ritmo moderado. O PIB projetado para 2026 permanece em 1,80%, enquanto o de 2027 recuou de 1,83% para 1,82%. Para 2028, o mercado mantém expectativa de 2% de expansão, número estável há 84 semanas.
Com os dados desta semana, o Boletim Focus reflete a percepção de que o país mantém um cenário de inflação controlada, mas ainda enfrenta desafios para sustentar o crescimento em meio à política monetária restritiva e à volatilidade do câmbio.
Foto: Divulgação/Banco Central

