Pesquisadores do Instituto de Ciência e Tecnologia Daegu Gyeongbuk (DGIST), na Coreia do Sul, desenvolveram um dispositivo inspirado nas plantas capaz de acelerar a remoção de césio radioativo do solo.
Movida a energia solar, a tecnologia purificou mais de 95% da contaminação em apenas 20 dias, segundo os testes realizados.
O césio-137, um dos principais alvos da inovação, é altamente solúvel e possui meia-vida de cerca de 30 anos. Quando acumulado em músculos e ossos, pode causar câncer e outros danos à saúde.
Acidentes nucleares, como o de Fukushima em 2011, reforçam a necessidade de métodos de descontaminação mais rápidos e eficientes do que os processos tradicionais, geralmente caros e demorados.
O equipamento imita a transpiração das plantas: extrai a água contaminada do solo por meio de um “caule” artificial e a leva até folhas compostas por adsorventes específicos, que capturam os íons radioativos. A água purificada evapora e retorna ao solo, dispensando reabastecimento.
As folhas podem ser substituídas e reutilizadas após limpeza química, reduzindo custos e impacto ambiental. Além disso, por ser alimentado apenas por energia solar, o dispositivo não depende de eletricidade ou fontes externas de água, o que o torna adequado para áreas remotas.
De acordo com o professor Seongkyun Kim, líder da pesquisa, a invenção representa “um avanço significativo na restauração de solos contaminados, tornando o processo de purificação mais rápido, seguro e sustentável”.
A proposta combina inovação tecnológica e sustentabilidade, oferecendo uma alternativa promissora para regiões afetadas por acidentes nucleares ou áreas agrícolas expostas a resíduos radioativos.

