Cooperativas lideram modernização da rede elétrica gaúcha e impulsionam agronegócio local

Cooperativas lideram modernização da rede elétrica gaúcha e impulsionam agronegócio local

O governo do Rio Grande do Sul anunciou a ampliação do programa Energia Forte no Campo, que chega à sua quinta fase com investimentos maiores que os das edições anteriores.

O decreto que regulamenta a nova etapa amplia a participação do Estado de 20% para 35% nos projetos de instalação e melhoria das redes de distribuição de energia elétrica.

A iniciativa, realizada em parceria com cooperativas de eletrificação do estado, tem como foco a implantação de redes trifásicas no meio rural. O aporte previsto é de R$ 71,3 milhões em contrapartida do governo estadual.

Na região do Vale, as cooperativas projetam não apenas a ampliação da rede trifásica, mas também a construção de novas subestações. Treze cooperativas apresentaram propostas nesta etapa, totalizando R$ 369 milhões em investimentos, que ainda serão avaliados pela Secretaria de Meio Ambiente e Infraestrutura.

Desde a criação, o programa já contemplou 345 projetos em 122 municípios, com quase mil quilômetros de rede trifásica implantados. Foram R$ 19,9 milhões de recursos estaduais nas quatro fases anteriores, que mobilizaram R$ 102 milhões de contrapartida das cooperativas, beneficiando mais de 10 mil consumidores.

A Certel avança no projeto de construção de uma subestação na Linha Clara, em Teutônia, além da extensão de 28 quilômetros de rede.

O investimento previsto é de R$ 32,3 milhões, com apoio de 35% do Estado. Segundo o presidente da cooperativa, Erineo Hennemann, os recursos vão garantir mais qualidade de vida e estimular a permanência dos jovens no campo com sistemas automatizados.

A Certaja Energia planeja a execução de 45 quilômetros de redes trifásicas em seis municípios. O investimento de R$ 2,07 milhões prevê recondutoramento de redes de média e baixa tensão, substituição de postes e transformadores e adição de fases. O impacto direto será para 127 cooperados, com reflexos indiretos em cerca de 800 famílias ligadas a atividades como avicultura, suinocultura, beneficiamento de fumo, serrarias, ordenha e irrigação.

O aporte estadual cobre custos de transformadores, postes, fios, subestações e conexões, em uma estratégia que, segundo a secretária de Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, busca ampliar a competitividade no campo. “Mais empreendimentos rurais serão beneficiados, garantindo modernização e sustentabilidade para o setor produtivo”, afirmou.

Com a expansão das redes trifásicas e a construção de novas subestações, as cooperativas consolidam seu protagonismo na modernização da infraestrutura energética rural, essencial para o avanço do agronegócio e para a permanência das famílias no campo.

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