O ano de 2026 deve marcar o início de um ciclo de redução da taxa básica de juros, segundo avaliação de Helena Veronese, economista-chefe da B.Side Investimentos.
Em entrevista ao CNN Novo Dia, ela afirmou que o ambiente econômico tende a ser mais favorável ao corte da Selic após o Comitê de Política Monetária (Copom) mantê-la em 15% pela quarta vez consecutiva.
A análise ocorre no mesmo momento em que o Federal Reserve reduziu os juros dos Estados Unidos em 0,25 ponto percentual, para o intervalo de 3,5% a 3,75%.
Veronese destacou que os dados recentes reforçam a tendência de desaceleração da inflação. “2026 vai ser um ano de corte de juros porque será um ano com menos inflação. Os dados já têm mostrado isso e tende a ter continuidade”, afirmou.
Ela acrescentou que o país deve registrar desaceleração do crescimento econômico, mas sem recessão. “Vai ser um ano ainda de PIB forte, mas crescendo menos do que a gente viu ao longo de 2025. Afinal de contas, a Selic está em 15% por um motivo e isso vai começar a impactar na economia.”
No cenário internacional, a economista lembra que 2026 trará mudanças na condução da política monetária americana. Um novo presidente assumirá o Federal Reserve, e a expectativa é compreender o posicionamento da nova liderança.
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Mesmo com a troca de comando, ela projeta inflação ainda ligeiramente elevada nos EUA e crescimento entre 2% e 2,5%.
Para o Brasil, os próximos documentos oficiais podem indicar ajustes na trajetória da política monetária. Veronese citou a divulgação da ata do Copom na semana seguinte, além do relatório de inflação e da reunião de janeiro, como momentos que podem oferecer sinais mais claros sobre o início dos cortes previstos para 2026.
Foto: Anne Nygård/Unsplash

