A combinação entre inteligência artificial e influenciadores digitais deve marcar a Black Friday de 2025 no Brasil, inaugurando uma nova dinâmica no processo de decisão de compra dos consumidores.
Um estudo da Conversion aponta que 54% dos brasileiros pretendem utilizar ferramentas de IA para comparar preços durante o período promocional, movimento que acompanha o avanço do uso dessas tecnologias no varejo. A Abiacom estima que o e-commerce possa faturar até R$ 13,34 bilhões nesta edição.
A busca por praticidade e precisão coloca a IA como aliada de quem pretende encontrar cupons, validar descontos e identificar oportunidades reais de economia.
Em um cenário de maior competição pela atenção do público e aumento da desconfiança em relação a anúncios, 30% dos consumidores devem recorrer à tecnologia para descobrir novas opções de produtos, enquanto 21% pretendem utilizá-la na análise de avaliações.
Os influenciadores também ganham relevância como ponte de confiança entre marcas e consumidores. Segundo a Neotrust, a atuação conjunta entre influenciadores e IA pode elevar o faturamento do comércio eletrônico em até 17%, chegando a R$ 13 bilhões.
A tendência acompanha o uso crescente de ferramentas que rastreiam o histórico de preços de um item em períodos de 3, 6 ou 12 meses, oferecendo mais clareza sobre oscilações e descontos reais.
Douglas Torres, CEO da Yup e especialista em inteligência artificial, afirma que o comportamento do consumidor está mudando. Para ele, o uso da IA para análise de preços reduz o espaço para armadilhas e amplia a precisão na busca por valores mais baixos.
A influência digital, por sua vez, permanece significativa: relatório da EY-Parthenon mostra que 61% dos brasileiros já tomaram decisões de compra baseadas em conteúdos de criadores.
A demanda por identificação e autenticidade reforça o papel desses profissionais, observa Dri Elias, CEO da CoCreators.
Segundo ela, consumidores querem ver pessoas reais testando produtos antes de comprar, o que fortalece a credibilidade dos influenciadores. Plataformas de social commerce, como TikTok Shop e YouTube Shopping, seguem como espaços de destaque para essa interação entre experiência, conteúdo e consumo.

