Uma pesquisa realizada pelo Infojobs, juntamente com a HT Tech, empresa especializada em desenvolver soluções tecnológicas para o departamento de Recursos Humanos, descobriu que mais de 61% dos profissionais do setor tomam decisões com base em dados, tornando esse meio ainda mais estratégico e assertivo.
Utilizar métricas tem se tornado fundamental para o monitoramento de setores e atividades da empresa, com o intuito de garantir que toda organização possa operar em máximo desempenho, além de se evitar gastos desnecessários.
Essas métricas são chamadas de “Indicadores de RH”, ou de “KPI (Key Performance Indicators)” e oferecem um respaldo quantitativo e analítico para as ações que precisam ser tomadas.
Nesse sentido, o propósito deste artigo é analisar a relevância desses indicadores fundamentais, bem como investigar de que maneira o modelo cooperativista pode ser um aliado valioso nesses procedimentos, inclusive ao lidar com questões relacionadas à redução de despesas para os gestores de RH
Índice:
- A maior dificuldade dos gestores de recursos humanos
- Compreendendo os indicadores de produtividade
- Como identificar os indicadores corretos para a minha estratégia?
- Como implementar esses indicadores?
- Todos os indicadores são KPIs?
- Por que a sua empresa precisa usar indicadores de produtividade?
- Como indicadores positivos podem reduzir custos?
- Indicadores positivos com o cooperativismo
- Conclusão
A maior dificuldade dos gestores de recursos humanos
Conforme o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), o Brasil é o país com o maior índice de turnover do mundo. Desde 2022, o Brasil registrou um aumento de 56% no número de turnover.
Entre as principais causas do turnover aparecem: a baixa qualidade do clima organizacional, a falta de alinhamento de expectativas, a falta de reconhecimento, seguido da falta de um plano de carreira.
Essa situação, muito comum, gera um cenário de saída e entrada desse profissional em diversas empresas, gerando um alto custo para quem contrata, além de uma insatisfação por parte do profissional por falta de estabilidade.
Isso se traduz em uma rotatividade constante dos colaboradores, resultando em instabilidade nas equipes, interrupções nos processos de trabalho e uma cultura organizacional fragmentada.
Além disso, o alto índice de rotatividade pode impactar negativamente a reputação da empresa no mercado de trabalho, tornando-a menos atrativa para futuros talentos e dificultando ainda mais o recrutamento e retenção de profissionais qualificados.
Para contornar esse problema, uma das principais opções é a aplicação dos indicadores de produtividade. Eles auxiliam a identificar as causas do alto índice de rotatividade e a criar estratégias para reduzi-lo. Ao monitorar esses indicadores, as empresas podem melhorar o ambiente de trabalho, a cultura organizacional e o bem-estar dos colaboradores.
Compreendendo os indicadores de produtividade
Os indicadores de produtividade são ferramentas de medição que permitem avaliar o desempenho e a eficiência de uma empresa em suas operações. Eles fornecem insights valiosos sobre como os recursos estão sendo utilizados e como os processos estão sendo executados. Essas métricas são essenciais para entender se a empresa está alcançando seus objetivos e onde estão as áreas de melhoria.
Eles podem ser divididos em dois tipos principais:
- Indicadores de eficiência: medem a relação entre os recursos utilizados e os resultados obtidos.
- Indicadores de eficácia: avaliam se os resultados alcançados estão conforme os objetivos da empresa.
Esses indicadores fornecem uma visão clara da operação da empresa e podem ajudar a identificar as áreas onde a eficiência pode ser melhorada. Os principais tipos são:
- Absenteísmo: responsável por medir as ausências dos colaboradores;
- Turnover ou Índice de Rotatividade: responsável por mostrar a quantidade de profissionais que saem e entram na empresa em um determinado período;
- Índice de retenção de talentos: diagnostica a eficiência das estratégias da empresa que estão direcionadas aos colaboradores;
- Desempenho e produtividade: avalia quais são os colaboradores que apresentam a melhor atuação;
- Custo individual de benefícios: o quanto a cartela de benefícios daquele profissional gera de custo para a empresa;
- Clima organizacional: indicador que mede a qualidade do ambiente de trabalho organizacional.
Após compreender alguns dos principais indicadores, é essencial discernir como cada um deles podem ser aplicados de forma eficaz no contexto da empresa.
Como identificar os indicadores corretos para a minha estratégia?
Isso vai variar bastante conforme as necessidades e objetivos os quais sua empresa procura atingir. Um parâmetro interessante é a divisão de drivers e outcomes.
Enquanto os indicadores drivers monitoram precocemente se a estratégia será cumprida, os indicadores outcomes são relacionados com o atingimento de objetivos estratégicos, ou seja, permitem que se avalie se os efeitos finais das estratégias selecionadas foram atingidos.
Como implementar esses indicadores?
Além de identificar os indicadores adequados para a estratégia da sua empresa, é crucial estabelecer um sistema eficiente de coleta e análise de dados. Isso pode envolver a implementação de software especializado, a designação de equipes responsáveis pela monitorização dos indicadores e a definição de metas claras e mensuráveis.
Aliás, é fundamental garantir que os dados coletados sejam confiáveis e consistentes ao longo do tempo, para que as análises e decisões baseadas neles sejam precisas e eficazes.
Ao desenvolver e implementar um sistema robusto de indicadores de produtividade, as empresas podem melhorar sua capacidade de monitorar e gerenciar seu desempenho operacional e estratégico, impulsionando assim o sucesso a longo prazo.
Todos os indicadores são KPIs?
Nem todas as métricas calculadas se encaixam no perfil das KPIs. Isso se deve ao fato de que a condição principal para ser um indicador é a presença de um alinhamento com as metas e objetivos da empresa.
Em outras palavras, as KPIs são métricas selecionadas cuidadosamente que estão intimamente alinhadas com os objetivos específicos da organização e que ajudam a monitorar o desempenho em áreas críticas.
O objetivo principal dos indicadores-chave de desempenho é impulsionar a geração de receita da empresa, ao mesmo tempo em que busca reduzir custos e otimizar processos para alcançar uma vantagem competitiva sustentável.
Por que sua empresa precisa usar indicadores de produtividade?
Conforme a McKinsey, os avanços na análise de pessoas facilitam o desenvolvimento de melhores desempenhos, aumentando a produtividade dos negócios em 25%.
Com essa informação em mente, torna-se evidente que a ausência de um sistema de organização pode resultar em lacunas significativas na comunicação entre os setores, o que, por sua vez, pode levar à perda de diversas oportunidades e demandas importantes.
Isso pode gerar atrasos na entrega de produtos e serviços, atritos com fornecedores, alta rotatividade, altos custos com processo, insatisfação dos clientes, entre outras consequências que vão comprometer em larga escala o faturamento da empresa.
Através da aplicação destes indicadores, o setor de recursos humanos seria capaz de identificar os gaps existentes e de criar um plano de ação para evitar estes problemas.
Como indicadores positivos podem reduzir custos?
Por exemplo, se os indicadores de produtividade mostram que determinados colaboradores estão consistentemente atingindo metas e produzindo resultados de alta qualidade, isso pode indicar que esses colaboradores estão utilizando efetivamente os recursos da empresa e contribuindo positivamente para os resultados financeiros.
Em modelos de trabalho otimizados, a queda nos indicadores de turnover e aumento no nível de satisfação pessoal são uma realidade. A diminuição dos custos individuais, justamente pela acessibilidade dos benefícios, também pode ser alcançada, contribuindo para o aumento dos indicadores positivos na sua organização.
Indicadores positivos com o cooperativismo
Os indicadores são importantes, mas mais importante ainda é olhar para as necessidades do profissional. Afinal, ele estando realizado, satisfeito e tendo autonomia em suas decisões, significa um aumento claro no engajamento e na produtividade do time com um todo.
Para isso, a adoção do cooperativismo como modelo de trabalho é a chave para os indicadores de produtividade positivos, pois o profissional tem a possibilidade de um aproveitamento melhor da remuneração, maior flexibilidade em suas cargas horárias e mais autonomia permitindo mais liberdade. Isso promove um ambiente corporativo em que os profissionais se sentem mais valorizados, engajados e capazes de alcançar seu potencial.
Através da prestação de serviços por meio de uma cooperativa, o indivíduo tem maior leque de atuação profissional, optando por escolher projetos maiores em outras empresas, e também na questão geográfica, por meio do sistema de trabalho híbrido e até mesmo 100% home office adotado pela maioria das empresas.
Conclusão
O modelo cooperativista surge como uma solução inovadora para muitos dos desafios enfrentados pelas organizações. Ele oferece aos profissionais maior liberdade de atuação e reduz a burocracia, resultando em maior satisfação e produtividade.
Além disso, a adoção do cooperativismo pode levar a uma redução significativa nos custos, tanto para o empregador quanto para o empregado. Isso é alcançado através da eliminação de gastos desnecessários com infraestrutura e a opção de uma remuneração otimizada e maiores vantagens competitivas no mercado.
Não se esqueça, estamos aqui para ajudar o seu negócio a manter seus talentos e implementar estratégias eficazes para atrair profissionais qualificados.
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