Um estudo conduzido pela consultoria TalentSmart avaliou a inteligência emocional e outras 33 competências cruciais no ambiente de trabalho. Os resultados indicaram que a inteligência emocional é o elemento mais determinante para o rendimento profissional, sendo responsável por 58% do sucesso em todas as categorias de empregos.
Não é de hoje que esse assunto tem sido muito discutido nas esferas mais elevadas e nos principais centros acadêmicos do mundo.
A falta de inteligência emocional pode acarretar em uma gestão ineficiente, resultando em conflitos interpessoais que afetam negativamente o relacionamento entre líderes e colaboradores. Como consequência, isso traz um aumento nos casos de turnover e custos desnecessários para a empresa.
Diversas mudanças significativas nos últimos anos, como a vinda da pandemia de COVID-19 e os avanços tecnológicos frequentes, trouxeram consigo novas dinâmicas e a necessidade de adaptações para as empresas e seus profissionais.
Essa nova realidade favoreceu para o surgimento de um quadro de maior instabilidade emocional, o que pode comprometer o colaborador em áreas como o autocontrole, foco, automotivação, planejamento e a manutenção de bons relacionamentos dentro da instituição.
Por isso, vamos nos aprofundar sobre esse tema, explorando a origem desse termo, sua importância no ambiente de trabalho, seus pilares, vantagens na adoção dessa metodologia e sua relação com modelos de trabalhos mais eficientes que podem aumentar o controle emocional e produtividade da sua equipe.
Índice:
- A origem da inteligência emocional
- A importância da inteligência emocional
- Os cinco pilares da inteligência emocional
- As vantagens dessa softskill
- Como desenvolver essa habilidade na sua equipe
- Cooperativismo: A alternativa mais saudável
- Conclusão
A origem da inteligência emocional
A origem desse conceito remonta a Charles Darwin, que destacou a importância da expressão emocional para a sobrevivência e adaptação.
No entanto, o termo “inteligência emocional” foi definido academicamente pela primeira vez em 1990 pelos psicólogos americanos Peter Salovey e John D. Mayer. Eles descreveram a inteligência emocional como:
“O subconjunto da inteligência social que envolve a capacidade de monitorar os próprios sentimentos e emoções dos outros, de discriminá-los e de usar essas informações para orientar o pensamento e as ações“.
No ambiente de trabalho, essa habilidade ganha uma conotação muito semelhante. De forma breve, podemos entender como a capacidade de compreender, usar e gerenciar nossas próprias emoções de maneira positiva para aliviar o estresse, comunicar-se efetivamente, empatizar com nossos colegas, superar desafios e resolver conflitos.
A importância da inteligência emocional
Essa softskill é fundamental para promover um ambiente de equipe saudável, aumentar a produtividade e melhorar a satisfação no trabalho.
Justamente por auxiliar na diminuição do estresse e evitar outros problemas, como o burnout, a ansiedade e conflitos entre colegas no ambiente de trabalho.
Por esses motivos, a inteligência emocional é vista como um diferencial e extremamente requisitada pelos recrutadores em nichos de mercado complementarmente diferentes.
Essa é uma habilidade que independente da posição e área, é vital, pois auxilia no raciocínio sobre pressão, traz um maior equilíbrio nas situações mais adversas e melhora a gestão da equipe na totalidade.
Os cinco pilares da inteligência emocional
Apresentado o conceito e sua importância para o contexto corporativo, precisamos nos desdobrar para seus principais alicerces. Eles são:
- Autoconsciência
É a capacidade de reconhecer e compreender suas próprias emoções, estados de humor, pensamentos e impulsos. Isso envolve estar ciente de como você se sente e por que se sente dessa forma.
- Autorregulamentação
Refere-se à capacidade de gerenciar suas próprias emoções, impulsos e comportamentos de uma maneira construtiva. Isso inclui a capacidade de controlar impulsos, lidar com o estresse, permanecer calmo sob pressão e pensar antes de agir.
- Automotivação
Envolve a capacidade de direcionar seus sentimentos e emoções em direção a metas significativas e de longo prazo. Isso implica em ter iniciativa, ser perseverante, otimista e resiliente, mesmo diante de desafios e contratempos.
- Empatia
É a habilidade de reconhecer, entender e responder aos sentimentos e necessidades dos outros. Isso envolve a capacidade de se colocar no lugar de outra pessoa, compreender suas emoções e mostrar compaixão e preocupação genuína pelos seus colegas.
- Habilidades sociais
Também conhecida como habilidades interpessoais, refere-se à capacidade de construir relacionamentos saudáveis e satisfatórios com outros profissionais. Isso inclui habilidades de comunicação eficaz, resolução de conflitos, cooperação, negociação e liderança.
As vantagens dessa softskill
- Compreensão e gerenciamento de emoções
Desenvolver a inteligência emocional no ambiente de trabalho pode melhorar a saúde mental, aumentar a produtividade e o desempenho dos colaboradores.
- Autonomia na tomada de decisão
A inteligência emocional ajuda a lidar com o estresse e a pressão do trabalho, melhorando a capacidade de tomada de decisões e resolução de problemas.
- Auxilia na saúde mental
Desenvolver a inteligência emocional no ambiente de trabalho pode melhorar a saúde mental, aumentar a produtividade e o desempenho dos colaboradores.
- Melhora nos relacionamentos interpessoais
Ao ter um maior controle sobre suas emoções, o profissional encontra maior facilidade em seus relacionamentos tanto no ambiente corporativo quanto na sua vida pessoal.
Isso promove relacionamentos interpessoais mais saudáveis e uma melhor comunicação tanto para com o gestor quanto para com seus colegas de equipe.
Como desenvolver essa habilidade na sua equipe
Se tratando de uma habilidade bastante complexa, em um primeiro momento, o gestor pode encontrar certa dificuldade na implementação dessa metodologia dentro do ambiente de trabalho.
Por isso, é necessário seguir alguns passos para ter sucesso com sua equipe. Esses pontos são:
- Promova a autoconsciência
Encoraje os membros da equipe a entenderem suas próprias emoções e como elas afetam seu desempenho. Isso pode ser feito via feedbacks regulares.
- Desenvolva a empatia
Promova a compreensão e a consideração pelas emoções dos outros. Isso pode ser alcançado via exercícios de team building e treinamentos de comunicação eficaz.
- Estabeleça uma comunicação aberta
Crie um ambiente onde as pessoas se sintam confortáveis para expressar seus sentimentos e preocupações. Isso pode ser feito por meio de reuniões regulares de equipe e canais de comunicação abertos.
- Incentive a evolução profissional
Ofereça treinamento em inteligência emocional e forneça recursos para ajudar os membros da equipe a desenvolverem essas habilidades. Isso pode incluir workshops, cursos online, livros e outros materiais de aprendizagem.
- Seja um exemplo para seu time
Como líder, é importante demonstrar inteligência emocional em suas próprias ações. Isso pode incluir lidar com o estresse de maneira saudável, responder de maneira calma e considerada a situações difíceis e mostrar empatia pelos desafios enfrentados pelos membros da equipe.
- Tenha em vista modelos de trabalho mais otimizados
Muitas vezes, o colaborador se sente pressionado e sobrecarregado emocionalmente por conta de modelos de trabalho que trazem menos liberdade e autonomia para esse profissional.
Persistir nesse cenário, pode levar a uma série de consequências negativas, tanto para o indivíduo quanto para a organização. Isso pode incluir estresse crônico, burnout, diminuição da satisfação no trabalho, produtividade reduzida, e até mesmo problemas de saúde física e mental. Além disso, pode resultar em um aumento na rotatividade de colaboradores, o que pode ter um impacto significativo nos custos operacionais da sua empresa.
Para resolver essas questões, existe um modelo acessível e eficaz: o cooperativismo
Cooperativismo: A alternativa mais saudável
Diferentemente de outros outros modelos de trabalho, o cooperativismo preza por diversos fatores que favorecem tanto o colaborador quanto o empregador.
Seus princípios trazem consigo essa essência única. Por isso, quando falamos da importância da inteligência emocional no trabalho, o cooperativismo tem um papel fundamental fortalecendo os seguintes pontos:
- Equidade no local de trabalho
No cooperativismo, cada membro, independentemente de sua posição ou contribuição financeira, tem direito a voto. Isso significa que todos têm uma voz igual na tomada de decisões, promovendo um ambiente de trabalho mais equitativo.
Isso pode aumentar a satisfação no trabalho, pois os membros sentem que suas opiniões são valorizadas e que têm um impacto real na direção da cooperativa.
- Desenvolvimento pessoal e profissional
Boa parte das cooperativas incentiva treinamentos individuais e coletivos. Desde habilidades técnicas até liderança e inteligência emocional.
Isso não apenas ajuda os membros a se tornarem mais eficazes em seus papéis, mas também pode aumentar a satisfação no trabalho e a retenção de membros.
- Olhar mais atento para a saúde dos membros
Os membros são incentivados a se apoiar não apenas em termos de trabalho, mas também em um nível emocional.
Isso pode criar um ambiente de trabalho mais solidário e empático, onde os membros se sentem valorizados e apoiados. A partir disso, os índices de rotatividade acabam caindo e os colaboradores se sentem acolhidos e engajados em suas atividades diárias.
- Responsabilidade compartilhada
No cooperativismo, as responsabilidades e os benefícios são compartilhados entre todos os membros. Isso pode ajudar a reduzir a pressão individual, pois os membros sabem que estão trabalhando juntos para o sucesso da cooperativa. Isso também pode promover um forte senso de coletividade e pertencimento.
- Produtividade sem sobrecarga
Como as responsabilidades e os benefícios são compartilhados, os membros podem trabalhar juntos para alcançar metas comuns sem a pressão excessiva que muitas vezes acompanha os ambientes de trabalho tradicionais.
Além disso, o apoio emocional e as oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional em uma cooperativa podem ajudar a prevenir o esgotamento e manter os membros engajados e produtivos.
Isso resulta em um ambiente de trabalho mais saudável e sustentável, onde a produtividade é alcançada sem sacrificar o bem-estar dos membros.
Conclusão
A inteligência emocional no ambiente de trabalho é um fator crucial para o sucesso profissional e a satisfação pessoal. Ela permite que os indivíduos compreendam e gerenciem suas emoções, resolvam problemas como o estresse e construam relacionamentos saudáveis e produtivos.
Para que isso seja possível, adotar um modelo de trabalho que converse com essa necessidade é primordial.
O cooperativismo oferece um ambiente propício para o desenvolvimento da inteligência emocional. Ele promove a equidade, o desenvolvimento pessoal e profissional, a saúde mental, a responsabilidade compartilhada e a produtividade sem sobrecarga.
Esses princípios, alinhados à inteligência emocional, resultam em um ambiente de trabalho mais saudável, sustentável e produtivo.
A oportunidade de melhorar a qualidade de vida da sua equipe e com isso, trazer melhores resultados está na porta!
Caso tenha se interessado, entre em contato conosco em nosso site e descubra como podemos trabalhar juntos para fortalecer a sua empresa. Quer saber mais? Nos acompanhe nessa jornada em nossas redes sociais oficiais.