Mais de 230 estudantes de 11 cooperativas escolares participaram, nos últimos dois meses, de visitas à Cooperativa Vinícola Garibaldi.
A iniciativa, conduzida pela Sicredi Serrana RS/ES, com apoio da vinícola e da Marini Coop, aproximou os jovens dos valores do cooperativismo e do funcionamento de uma cooperativa de produção.
O programa Cooperativas Escolares, realizado no contraturno escolar, já estimula a participação democrática, o empreendedorismo e a educação financeira.
As visitas complementaram esse aprendizado, permitindo que os alunos relacionassem teoria e prática, ampliando a compreensão sobre como funciona uma cooperativa no dia a dia.
As cooperativas escolares envolvidas estão em municípios como Carlos Barbosa, Boa Vista do Sul, Barão, Garibaldi, Tupandi, Bom Princípio, São Sebastião do Caí e São Vendelino.
Para o gestor de comunicação da Garibaldi, André Luís Rech, a experiência agrega aprendizados que extrapolam a juventude. “Mostrar o movimento cooperativista na prática ajuda os jovens a refletirem sobre como construir um mundo mais unido e com maior senso de participação coletiva”, disse.
A aluna Melani do Sacramento, da Escola Carlos Gomes, em Barão, destacou a inspiração da vivência. “Foi muito gratificante, porque conseguimos ver o que podemos atribuir nas nossas cooperativas e aprender como apoiar o crescimento do movimento”, afirmou.
O que é intercooperação?
A intercooperação é um dos princípios fundamentais do cooperativismo e se baseia na união entre cooperativas de diferentes ramos ou regiões para atingir objetivos comuns. Essa prática fortalece o movimento, amplia as possibilidades de negócios e promove benefícios coletivos para cooperados e comunidades.
Na prática, significa que uma cooperativa não atua isoladamente: ela pode se associar a outras para oferecer melhores serviços, compartilhar conhecimento, reduzir custos ou ampliar seu alcance.
A intercooperação contribui para que os valores cooperativos sejam colocados em ação de forma concreta, estimulando redes de colaboração que geram mais impacto social e econômico.
A ação fortaleceu dois princípios centrais do cooperativismo: a intercooperação, que une diferentes cooperativas em torno de objetivos comuns, e a educação, formação e informação, que garante que membros e colaboradores estejam preparados para contribuir com o crescimento dos negócios e das comunidades.
Mais que um modelo de negócios, o cooperativismo se consolida como uma filosofia de vida capaz de transformar comunidades, unir pessoas e ampliar oportunidades. A experiência dos jovens com a prática cooperativa reforça a importância de preparar novas gerações para dar continuidade a esse impacto coletivo.
Foto: Jeff Doria/Unsplash

