A OpenAI descartou, por enquanto, a possibilidade de abrir capital na bolsa de valores, mesmo após concluir a conversão de sua subsidiária em uma corporação de benefício público, movimento que permitiria à empresa captar investimentos e realizar uma Oferta Pública Inicial (IPO).
Durante participação na conferência Tech Live, promovida pelo The Wall Street Journal, a diretora financeira da companhia, Sarah Friar, esclareceu que a mudança estrutural não indica uma estreia iminente na bolsa.
Segundo ela, a prioridade da OpenAI continua sendo o crescimento tecnológico e a pesquisa em inteligência artificial, e não a busca imediata por lucro.
A executiva ressaltou que a empresa deverá seguir contando com parcerias bilionárias e aportes privados, além de possíveis investimentos do governo dos Estados Unidos, especialmente voltados ao fornecimento de chips e infraestrutura computacional.
A OpenAI projeta investir até US$ 1 trilhão na próxima década, mas sua receita atual gira em torno de US$ 13 bilhões.
Friar também informou que a empresa busca aumentar as vendas de assinaturas de produtos como o ChatGPT, que já representam 40% da receita, um crescimento de 30% em relação ao ano anterior.
Apesar de os gastos superarem a receita, a diretora financeira afirmou que isso faz parte da estratégia da companhia. “A OpenAI poderia alcançar margens muito saudáveis se o objetivo fosse apenas lucrar, mas nossa prioridade é investir em pesquisa e expansão”, declarou.
Segundo ela, a empresa deve encerrar o ano com cerca de 2 gigawatts de poder computacional para o treinamento de seus modelos de IA, um aumento de 200 megawatts em relação a dois anos atrás. A possibilidade de um IPO, de acordo com Friar, só deve voltar à pauta a partir de 2027.

