A Oracle anunciou a criação do AI Hub, nova divisão dedicada a impulsionar inovações em inteligência artificial e promover conexões entre startups e grandes empresas.
A proposta vai além do fomento via créditos, buscando aproximar quem desenvolve tecnologias de ponta de quem precisa aplicá-las para resolver desafios concretos.
Segundo a vice-presidente do AI Hub, Marcelle Paiva, a iniciativa nasceu da necessidade de facilitar o acesso das startups a clientes corporativos, eliminando ruídos e potencializando soluções que entreguem valor real.
“Uma das maiores dores nessa onda da inteligência artificial é conectar com os clientes, entender seus desafios, separar o que é ruído e entregar valor para o ecossistema, plugando quem desenvolve boas tecnologias com quem busca boas soluções”, afirmou.
O hub não é físico, mas evolui um trabalho iniciado no ano passado, quando a Oracle começou a ajudar startups não apenas no desenvolvimento de produtos, mas também na inserção de soluções em seu marketplace e na aproximação com empresas de sua base global.
A estratégia se integra ao plano de go-to-market da companhia, combinando matchmaking com o uso de sua infraestrutura e parcerias estratégicas, como a colaboração com a Nvidia, firmada em 2024, que fortaleceu a presença da big tech no mercado.
Um exemplo de resultado desse modelo é a WideLabs, responsável pelo Amazônia IA, LLM 100% desenvolvido no Brasil com foco em soberania de dados. Com apoio da Oracle, a startup ampliou a operação para outros mercados, usando a rede de data centers da empresa em países como o Chile.
Para Marcelle Paiva, a abordagem reforça o posicionamento da Oracle em um cenário em que “a nuvem por si só já virou commodity” e a agilidade para entregar soluções completas se tornou diferencial competitivo.
Foto: BoliviaInteligente/Unsplash
