A proporção de brasileiros em situação de extrema pobreza atingiu o menor patamar desde o início da série histórica do IBGE.
Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (3), o índice recuou de 4,4% em 2023 para 3,5% em 2024, o equivalente a 1,9 milhão de pessoas a menos abaixo da linha socioeconômica.
Em 2012, início da série, o percentual era de 6,6%, e chegou a 9% em 2021, momento mais crítico após a pandemia.
A pobreza também apresentou queda expressiva. O índice passou de 27,3% para 23,1% entre 2023 e 2024, redução de 8,6 milhões de pessoas, igualmente o menor nível registrado desde 2012. Sem os benefícios de programas sociais, porém, o IBGE estima que a extrema pobreza teria alcançado 10% da população, e a pobreza, 28,7%.
Os dados mostram o terceiro ano consecutivo de redução no número absoluto de pobres:
- 2012: 68,4 milhões
- 2019: 67,5 milhões
- 2020: 64,7 milhões
- 2021: 77 milhões
- 2022: 66,4 milhões
- 2023: 57,6 milhões
- 2024: 48,9 milhões
A proporção da população abaixo da linha de pobreza, que era de 34,7% em 2012, atingiu 36,8% em 2021 e desde então tem caído: 31,6% em 2022, chegando a 23,1% em 2024.
Os indicadores também revelam disparidades raciais persistentes. Entre pessoas pretas, 25,8% eram pobres; entre as pardas, 29,8%. Já entre a população branca, a proporção era de 15,1%. Em termos de rendimento, os ganhos de pessoas brancas eram 65,9% superiores aos de pessoas pretas e pardas.
Com informações da Agência Brasil.
Foto: Joseph Chan/Unsplash

