Já pensou se uma cooperativa começasse a ver outra cooperativa como uma parceira e amiga? E, por que não, como cliente? Bom, certamente iriam conseguir se desenvolver e atingir patamares mais expressivos. Essa é a ideia de intercooperação, que integra a lista dos 7 princípios do cooperativismo.
Os negócios entre sociedades cooperativas existem e são uma tendência que ganha fôlego a cada ano, no entanto, anda a passos lentos. A quantidade de parcerias nesse sentido ainda é bastante baixa, principalmente aqui no Brasil, visto a relação entre o número de organizações existentes e o intercooperativismo.
Acompanhe a leitura e entenda melhor o conceito!
O que é intercooperação?
Como dissemos, a intercooperação é um dos princípios do cooperativismo e nada mais é que a parceria entre cooperativas. A sexta linha orientadora do sistema consiste em uma ajuda mútua não somente entre associados, mas também entre as cooperativas locais, regionais, nacionais ou internacionais. Sejam do mesmo ou de diferentes ramos.
No conceito de intercooperação, ainda se aplica a troca de experiências e a contribuição efetiva, que vai bem além de apenas uma prestação de serviço de forma impessoal.
Os tipos de intercooperação
Em termos gerais, há dois tipos de intercooperação: a horizontal e a vertical. No tipo horizontal, que também chamamos de territorial, a parceria se dá entre sociedades de segmentos distintos, como uma cooperativa de serviços e outra agropecuária.
Já no tipo vertical, a colaboração é feita entre cooperativas do mesmo ramo, que se juntam para formar uma central e um portal do cooperado, como é o caso da Corporis Brasil.
Muitos consideram, também, um terceiro modelo de intercooperação, classificado como cooperação “intersistêmica”. Esse abrange grupos de cooperativas em formato sistêmico ou de empresas corporativas. Assim, compartilham atividades, projetos, portfólio e ações com outros grupos do mesmo segmento.
Benefícios da colaboração entre uma cooperativa e outra
A colaboração fortalece individualmente as cooperativas como empreendimentos comunitários. Tal aproximação também dá efetividade ao 7.º princípio, visto que gera benefícios à comunidade, impulsionando a criação de novos empregos, a expansão da renda e ações de cidadania.
Nesse mesmo caminho, possibilita a redução de gastos com investimentos locais, como programas sociais, publicidade e eventos. Isso consolida a ideia sobre o que significa cooperativismo.
Além disso, proporciona um ganho de escala pela ampliação do volume de negócios, o que permite reduzir preços ou elevar a remuneração dos produtos e serviços fornecidos.