A Reunião Geral da Organização Internacional das Cooperativas Agrícolas (ICAO) reuniu lideranças cooperativistas de todos os continentes nesta segunda-feira (20), em Seul, na Coreia do Sul, para discutir estratégias globais voltadas à sustentabilidade e à inovação no campo.
O Sistema OCB participou ativamente das discussões e da elaboração da Declaração de Seul, documento que consolida o compromisso internacional das cooperativas agrícolas com a inclusão produtiva, as boas práticas ambientais e o desenvolvimento rural sustentável.
Segundo João Penna, coordenador de Relações Internacionais da OCB, o texto marca um avanço no diálogo entre países que reconhecem o modelo cooperativo como instrumento de transformação social.
“A Declaração de Seul representa um marco para o cooperativismo agrícola mundial, porque reafirma a necessidade de trabalharmos juntos, de forma prática e solidária, para garantir um futuro mais sustentável e resiliente para a agricultura”, destacou.
Durante a programação, representantes apresentaram projetos realizados durante o Ano Internacional das Cooperativas, com destaque para ações de intercooperação, sustentabilidade e acesso ao crédito rural.
A OCB compartilhou experiências brasileiras que demonstram como o cooperativismo consegue conciliar produtividade, inclusão social e preservação ambiental, fortalecendo a imagem do movimento no cenário internacional.
O evento contou ainda com a presença da embaixadora do Brasil na Coreia do Sul, Maria Donner Abreu, do adido agrícola Ricardo Zanatta e de diplomatas da Itália, Gana e Malásia.
O presidente da Federação Nacional das Cooperativas Agrícolas (NACF), Ho-Dong Kang, anfitrião da assembleia, ressaltou que a solidariedade entre cooperativas é essencial diante das mudanças climáticas e dos desafios econômicos globais.
Um dos momentos mais marcantes da reunião foi o relato de Leonardo Neves, cooperado do Sicoob Credinor (MG), que participou de um programa de intercâmbio promovido pela NACF.
Durante três meses, ele acompanhou o funcionamento das cooperativas sul-coreanas e apresentou suas propostas para aplicação no Brasil, entre elas, feiras locais de venda direta, programas de valorização dos produtores e ações de capacitação de agricultores familiares.
“Essa troca de experiências é o que dá sentido à cooperação internacional. Quando um cooperado leva uma ideia inspirada em outro país e transforma a realidade da sua comunidade, todos ganham, o cooperativismo, o produtor e a sociedade”, afirmou João Penna.
Encerrando a programação, os representantes das organizações participantes realizaram visitas técnicas a cooperativas coreanas para conhecer modelos de gestão e comercialização inovadores, consolidando o intercâmbio de conhecimento entre as principais lideranças do cooperativismo agrícola mundial.

