Uma tecnologia desenvolvida pela Universidade de Brasília (UnB) promete ampliar as chances de recuperação de pacientes com pé diabético, condição responsável por cerca de 50 mil amputações ao ano no Brasil.
Batizada de Rapha, a solução combina um curativo de látex natural com luzes de LED para acelerar a cicatrização de feridas e reduzir complicações associadas à doença.
Segundo os pesquisadores, o látex estimula a formação de novos vasos sanguíneos, enquanto os LEDs ativam células da pele, favorecendo a regeneração dos tecidos.
O objetivo é reduzir pela metade o número de amputações decorrentes do pé diabético, especialmente entre pessoas com menor acesso a cuidados médicos.
A pesquisadora Suélia Fleury Rosa, professora da UnB e da Universidade Cornell, observa que o problema é recorrente não apenas no Brasil, mas também nos Estados Unidos, Europa e países africanos.
O desenvolvimento da tecnologia levou quase duas décadas e atravessou o chamado “vale da morte” da inovação, fase em que uma descoberta de laboratório precisa superar desafios até se tornar um produto viável.
O processo envolveu metodologias científicas, pesquisas com usuários e avaliações de desempenho para garantir eficiência e aceitação.
A Rapha já recebeu aprovação de segurança do Inmetro e aguarda o aval final da Anvisa para ser disponibilizada e incorporada ao SUS. A expectativa da equipe é ampliar o acesso ao tratamento e ajudar a evitar milhares de amputações associadas ao diabete.
- Acelera a cicatrização de feridas típicas do pé diabético
- Estimula a formação de vasos sanguíneos
- Ativa células da pele por meio de LEDs
- Pode reduzir amputações em até 50%
- Foi concebida para ser acessível a populações de baixa renda
Foto: National Cancer Institute/Unsplash

