A Visa anunciou que sua ferramenta de inteligência artificial voltada à prevenção de fraudes em pagamentos instantâneos bloqueou mais de US$ 90 milhões em possíveis golpes no Pix desde o início dos testes no Brasil, há cerca de seis meses.
Segundo dados divulgados pela empresa à Broadcast, do Grupo Estado, a solução, chamada A2A Protect, registrou taxa de detecção superior a 80%, analisando quase US$ 500 bilhões em transações no período.
A tecnologia combina dados proprietários da Visa e modelos de deep learning para identificar padrões suspeitos em milissegundos e atribuir um score de risco às transações.
Assim, os bancos e instituições financeiras podem bloquear operações antes que a fraude ocorra, seja no envio ou no recebimento do pagamento.
O A2A Protect está em fase piloto no país, sendo testado por Bradesco, Celcoin, Digio e Dock. “Acreditamos que o Visa A2A Protect pode ter um papel significativo no Brasil, ajudando a mitigar fraudes junto aos bancos parceiros e oferecendo uma experiência de pagamento mais segura para consumidores e comerciantes”, afirmou Gustavo Carvalho, vice-presidente de Value Added Services da Visa do Brasil.
A ferramenta já foi avaliada em outros mercados. No Reino Unido, segundo a Visa, a tecnologia reduziu perdas com golpes de pagamentos autorizados e melhorou em mais de 30% a taxa de detecção de fraudes.
Para a empresa, os resultados do piloto brasileiro reforçam o potencial da solução para fortalecer o ecossistema de pagamentos instantâneos, oferecendo maior proteção a instituições financeiras, varejistas e usuários do Pix, sistema que se consolidou como principal meio de transferência no país.

