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A ascensão da senioridade no mercado de trabalho 

A senioridade no mercado de trabalho é um tema que vem ganhando destaque nos últimos anos. Com o amadurecimento da população e a valorização da experiência, profissionais com maior tempo de atuação no mercado têm se tornado peças-chave nas organizações.

Isso porque a falta de talentos refinados e prontos para lidar com as diferentes situações tem afetado o mercado de trabalho. Empresas como PepsiCo, Delloite, Credicard, Banco Neon e Kimberly Clark estão desenvolvendo programas para aumentar a diversidade etária de suas equipes.

Isso não é surpresa em um mercado que está cada vez mais contratando talentos maduros pelas dificuldades de lidar com as gerações mais jovens.

De acordo com o relatório de gestão de pessoas do ecossistema Great People & GPTW, 51,6% dos profissionais do mercado de trabalho relatam dificuldades em lidar com as diferentes gerações e suas expectativas no ambiente corporativo. Esse desafio é especialmente evidente com a Geração Z, composta por indivíduos nascidos entre 1999 e 2010, com 68,1% dos entrevistados indicando dificuldades de integração com esses jovens trabalhadores.

Gestores frequentemente apontam a falta de comprometimento e a impaciência com a carreira como principais críticas a essa geração. Isso cria oportunidades para que as gerações Y (nascidos entre 1981 e 1998) e, principalmente, X (nascidos entre 1965 e 1980) assumam posições de maior responsabilidade, como lideranças e especialistas em projetos.

A principal crítica de diferentes gestores gira em torno da falta de comprometimento e impaciência com a carreira. O que abre margem para gerações como a Y (nascidos entre 1981 e 1998) e principalmente a X (Nascidos entre 1965 e 1980) de ocupar posições de maior responsabilidade, como de lideranças e especialistas na frente de um projeto.

Tendo em vista esses pontos, esse texto irá explorar de forma mais aprofundada o por que as gerações mais maduras estão tendo um papel protagonista de diversos contextos, além dos fatores históricos que influenciaram esse movimento.

Índice:

  • A realidade de um mercado sem talentos refinados
  • Quais foram os fatores que influenciaram uma visão mais positiva sobre a senioridade?
  • A relação das dinâmicas geracionais no ambiente de trabalho
  • A adaptação histórica dessa geração às novas tecnologias
  • A ascensão a posições mais estratégicas
  • Como esse profissional pode agregar valor no ambiente de trabalho?
  • Um olhar mais atencioso para questões de saúde e de qualidade de vida
  • Melhores oportunidades e maior qualidade de vida com o modelo cooperativista
  • Conclusão

A realidade de um mercado sem talentos refinados

Nas últimas décadas, o mercado tem se transformado bastante e a senioridade tem ganhado reconhecimento como um expoente essencial para o sucesso organizacional. 

Isso porque a falta de profissionais qualificados resulta em uma série de problemas, desde a diminuição da produtividade, aumento nas taxas de rotatividade e diminuição da capacidade competitiva em mercados mais exigentes, como o de tecnologia. 

Nesse contexto, a geração X auxilia as empresas a manterem sua liderança, obtendo melhores resultados principalmente prestando serviços através de consultorias e sendo a referência principal em projetos de tecnologia mais complexos.

Além disso, a integração de profissionais experientes com as novas gerações pode criar um ambiente de aprendizado contínuo e inovação. A troca de conhecimentos entre diferentes faixas etárias não só enriquece a cultura organizacional, mas também prepara a empresa para enfrentar desafios futuros com uma equipe mais coesa e versátil. 

Quais foram os fatores que influenciaram uma visão positiva sobre a senioridade?

Durante as décadas de 1980 e 1990, a rápida evolução tecnológica e a globalização trouxeram novas demandas e oportunidades, favorecendo profissionais jovens, que estavam mais alinhados com as novas habilidades exigidas. 

No entanto, a capacidade da Geração X de se adaptar a essas mudanças e de incorporar novas tecnologias em seu repertório demonstra que a senioridade pode, na verdade, ser um grande diferencial competitivo.

Além disso, discriminações como o etarismo estão caindo por terra, o que mostra que um movimento que anteriormente jogava contra esses profissionais, está na verdade abrindo mais espaço para posições estratégicas e de alta relevância dentro das equipes de trabalho.

Isso é evidenciado quando profissionais seniores são frequentemente chamados para resolver problemas complexos e tomar decisões estratégicas, baseando-se em anos de vivência e aprendizado. 

A relação das dinâmicas geracionais no ambiente de trabalho

Enquanto as gerações mais jovens trazem inovação e novas perspectivas, mas tem escolhas mais voltadas para angariar novas experiências e não permanecem muito tempo nas organizações, os profissionais mais experientes oferecem estabilidade e um profundo entendimento dos processos organizacionais.

Por exemplo, a geração X se destaca pela independência, perspectiva estratégica e adaptabilidade, enquanto a Geração Z é mais reconhecida pela busca de flexibilidade e propósito. A combinação dessas características pode ser extremamente benéfica para as empresas, promovendo um ambiente de trabalho diversificado e que eleva o nível da organização pela troca de experiências.

Essas diferenças podem, por vezes, gerar conflitos de ideias, mas também oferecem uma oportunidade única para a criação de equipes complementares e mais preparadas para lidar com os desafios do mercado.

A adaptação histórica dessa geração às novas tecnologias

Embora essa geração não tenha crescido cercada pela tecnologia digital, como as gerações mais jovens, sua capacidade de adaptação tem se provado cada vez maior.

Afinal, essas pessoas foram criadas na frente da televisão, além de acompanharem de perto o nascimento do desktop. Isso fez com que se adaptassem muito rapidamente às novas tecnologias, como os smartphones.

Todas essas mudanças em um curto espaço de tempo forneceu experiência a essa geração para entender como integrar soluções de forma eficaz nos processos de trabalho. Fornecendo conhecimento estratégico, especialmente em setores onde a tecnologia desempenha um papel crucial, além de levar essa geração a ocupar posições mais estratégicas e de maior confiança dentro das empresas

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A ascensão para posições mais estratégicas 

Como dito anteriormente, à medida que avançam em suas carreiras, muitos profissionais da Geração X têm migrado para cargos mais estratégicos e menos operacionais. Essa mudança reflete tanto a sua experiência acumulada quanto a evolução do mercado de trabalho, que valoriza cada vez mais a visão estratégica e a capacidade de liderança.

Além disso, existe um problema muito claro nas novas gerações, como um dos traços mais presentes da geração Z é o estímulo pela novidade, isso as torna uma geração mais volátil e menos confiável para assumir funções com uma responsabilidade maior.

Isso cria um vácuo de posições onde profissionais mais responsáveis, com maior bagagem e que não pretendem fazer trocas constantes de empresas acabam por ocupar essas funções mais estratégicas.

Não é tão difícil pensar em alguns exemplos como prestação de serviços de consultoria, gestão de projetos de alto nível e liderança de equipes de forma mais estratégica.

Como essa geração pode agregar valor no ambiente profissional?

Para trazer maior clareza de alguns pontos, é possível observar algumas das principais características desse grupo de profissionais abaixo.

Experiência em contextos de alta pressão

Por terem vivido a transição de eras analógicas para digitais, os profissionais mais maduros têm resiliência e capacidade de tomar decisões informadas sob pressão, além de agilidade no desenvolvimento de atividades de cunho intelectual, justamente por terem uma bagagem maior e anos de prática.

Isso é crucial em ambientes que exigem respostas rápidas e estratégias bem estruturadas para a resolução de problemas complexos.

Adaptação e integração de novas tecnologias

Esses profissionais são capazes de integrar as novas tecnologias de maneira que melhore os processos existentes, muitas vezes encontrando maneiras de alinhar novas inovações com práticas já estabelecidas. 

Isso os posiciona como facilitadores de transições tecnológicas dentro das organizações, garantindo que as mudanças sejam implementadas de forma eficiente e com o mínimo de interrupções.

Olhar voltado para resultados e aprendizagem contínua

Eles entendem a importância de evoluir com o tempo e podem orientar novas gerações a não só evitar os erros do passado, mas também a inovar com uma base sólida de conhecimento. 

Isso cria um ambiente de trabalho onde a aprendizagem contínua é valorizada, e onde a inovação é guiada por uma compreensão profunda das dinâmicas organizacionais.

Equilíbrio entre habilidades interpessoais e digitais

Apesar de serem menos liberais que as gerações mais atuais, a geração X também procura um equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, o que auxilia na criação de relacionamentos mais sólidos e duradouros.

Essa dualidade permite que eles funcionem como mediadores entre diferentes gerações dentro do local de trabalho, facilitando a comunicação e a colaboração entre equipes diversificadas.

Engajamento de longo prazo com impacto estratégico

Como já introduzido anteriormente, os profissionais da Geração X tendem a ter uma visão de longo prazo, tanto em suas carreiras quanto em seus impactos dentro da empresa. Eles não estão apenas em busca de avanços rápidos, mas de contribuições que resultem em crescimento ao longo prazo na sua carreira.

Esse engajamento de longo prazo é valioso para as organizações que desejam construir uma base sólida para o futuro, com líderes que estão comprometidos em ver suas estratégias se concretizar ao longo do tempo.

Um olhar mais atencioso para questões de saúde e de qualidade de vida

À medida que o tempo passa, esses profissionais estão envelhecendo cada vez mais. Questões como a longevidade e os benefícios no ambiente de trabalho, que oferecem uma nova perspectiva na qualidade de vida desses profissionais, estão sendo cada vez mais valorizadas. Isso influencia a decisão de aderir ou não a um modelo de trabalho e a uma nova empresa.

O problema é que muitas empresas aderem a modelos de trabalho que pecam quando o assunto é oferecer oportunidades compatíveis com esses profissionais que em muitos casos, já tem uma bagagem grande do mercado e que merecem ser valorizados e que em muitos casos, não apresentam planos de saúde com boas coberturas (ou são muito acessíveis) para ajudar a manter sua saúde em dia e seu pico de produtividade no ambiente de trabalho.

Para lidar com esse problema, um modelo de trabalho conhecido como cooperativismo surgiu para melhorar a qualidade de vida de diversos profissionais que buscam melhores condições e um incremento na qualidade de vida.

Melhores oportunidades e maior qualidade de vida com o modelo cooperativista

Infelizmente, muitas empresas têm deixado a desejar quando se trata de oferecer oportunidades condizentes com as capacidades, experiência e cargos já ocupados por profissionais mais experientes.

Mas isso não necessariamente pode ser um problema único delas. Modelos de trabalho mais tradicionais têm dificuldade em oferecer remunerações condizentes com a vivência de um profissional mais maduro sem afetar seus benefícios e visse e versa.

Essa situação acaba colocando os profissionais mais experientes em uma situação desconfortável, na qual precisam abrir mão de parte da sua remuneração para adquirir alguns benefícios essenciais que deveriam ser de fácil acesso.

Além disso, a falta de liberdade que esses profissionais enfrentam é muito grande, mesmo trabalhando na área de tecnologia, muitas empresas exigem que suas atividades sejam realizadas de forma presencial, o que acaba por minar a qualidade de vida que tanto prezam. 

Com esses problemas em mente, o modelo cooperativista auxilia esses profissionais a terem melhores condições, sem abrir mão de benefícios atrativos que fazem toda a diferença.

Como as cooperativas são compostas por diversos membros, é possível negociar valores mais acessíveis para todos no que diz respeito a planos de saúde e outros benefícios como passe para academias.

Além disso, a prestação de serviços desses profissionais mais experientes é valorizada pelas empresas contratantes dos serviços, o que leva a remuneração compatível com o valor de mercado desse profissional, sobretudo na área de tecnologia, o que traz uma maior liberdade geográfica para a prestação de serviços desse profissional.

Conclusão

A senioridade no ambiente de trabalho está deixando de ser vista como um obstáculo e se tornando um diferencial competitivo valioso. Profissionais da Geração X, com sua vasta experiência e capacidade de adaptação, ocupam cada vez mais posições estratégicas, oferecendo estabilidade e uma visão de longo prazo para as organizações. Suas habilidades em integrar novas tecnologias e sua resiliência em contextos de alta pressão fazem deles ativos indispensáveis em um mercado cada vez mais volátil.

Esses fatores, por sua vez, fortalecem o modelo cooperativista que surgem como uma solução eficaz para atender às necessidades dessa geração, proporcionando melhores condições de vida, flexibilidade e valorização de sua experiência. 

Ao adotar um modelo cooperativo, esses profissionais não apenas garantem uma qualidade de vida superior, mas também continuam a contribuir de maneira significativa para o sucesso das organizações.

Ficou curioso para saber de forma mais aprofundada de como o modelo cooperativista pode oferecer maior qualidade de vida através de suas vantagens competitivas?

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