Um relatório divulgado pela consultoria Deloitte na Austrália, o Access Economics, prevê que as soft skills serão ainda mais relevantes nos próximos anos.
Conforme o estudo, haverá uma relevância de profissionais com soft skills desenvolvidas em dois terços de todos os cargos no mercado até 2030.
Esse relatório evidencia a mudança do mercado em relação à profissionais que não têm habilidades interpessoais bem desenvolvidas, isso porque, são tão relevantes quanto habilidades técnicas (hard skills).
Inspirado na relevância das soft skills para processos de recrutamento e seleção, este artigo irá explorar as principais competências requisitadas pelo mercado, os obstáculos enfrentados pelos gestores na hora de uma contratação e como o cooperativismo pode auxiliar esse cenário com profissionais mais capacitados.
Índice:
- O que são as soft Skills?
- Diferenças entre soft skills e hard skills
- IAs e a valorização das soft skills
- As principais competências requisitadas pelo mercado
- Vantagens de um time com soft skills desenvolvidas
- Como avaliar as soft skills no momento da contratação?
- Principais problemas enfrentados pelos recrutados
- Contratações descomplicadas com o cooperativismo
- Conclusão
O que são as soft skills?
Soft skills, também conhecidas como competências comportamentais, são habilidades que uma pessoa possui e que influenciam de forma positiva o ambiente ao seu redor, sendo bastante relevantes, principalmente, dentro do contexto corporativo.
Essas habilidades incluem a capacidade de se comunicar de maneira eficaz, resolver problemas, liderar, trabalhar em equipe, e se adaptar a mudanças. Sendo essenciais para criar um ambiente de trabalho harmonioso e produtivo, permitindo que os profissionais colaborem eficientemente, lidam com conflitos e gerenciem suas responsabilidades de maneira eficaz.
Diferenças entre soft skills e hard skills
As diferenças entre soft skills e hard skills são fundamentais para compreender o perfil profissional desejado no mercado de trabalho.
As hard skills referem-se a habilidades técnicas específicas e conhecimentos adquiridos por meio de educação formal, treinamento ou experiência prática. Alguns exemplos de hard skills incluem programação, fluência em idiomas estrangeiros, operação de máquinas específicas e conhecimento em matemática. Essas habilidades são facilmente quantificáveis e verificáveis, o que facilita sua avaliação durante processos seletivos.
Por outro lado, as soft skills são habilidades comportamentais e sociais que influenciam a maneira como uma pessoa interage e se comunica com os outros.
IAs e a valorização das soft skills
Com a chegada da Inteligência Artificial (IAs) e a automação de tarefas técnicas e repetitivas, as soft skills se tornaram cada vez mais valorizadas no mercado de trabalho.
Enquanto as IAs são excelentes para processar grandes volumes de dados, executar tarefas predefinidas e otimizar processos, elas ainda não conseguem replicar habilidades humanas essenciais como empatia, criatividade, pensamento crítico e comunicação eficaz.
Profissionais que demonstram fortes habilidades interpessoais e emocionais se tornam indispensáveis, pois conseguem colaborar de maneira eficaz, liderar mudanças e resolver problemas complexos que vão além do alcance das IAs.
No próximo tópico, exploraremos quais são as soft skills que estão sendo mais decisivas dentro das empresas.
As principais competências requisitadas pelo mercado
Desenvolver uma soft skill é um processo que requer tempo e um ambiente de trabalho propício para o estímulo dessas habilidades, justamente porque elas envolvem aspectos comportamentais e emocionais que são moldados ao longo do tempo.
A seguir, há alguns exemplos de habilidades que o mercado mais se interessa:
- Comunicação eficaz
A habilidade de transmitir informações de maneira clara e persuasiva é fundamental em qualquer contexto profissional. Isso inclui tanto a comunicação verbal quanto a escrita.
- Inteligência emocional
Capacidade de reconhecer, entender e gerenciar suas próprias emoções e as emoções dos outros. Profissionais com alta inteligência emocional tendem a ser melhores em resolver conflitos e trabalhar em equipe.
- Adaptabilidade
É a habilidade de se ajustar rapidamente a novas situações, aprender novas habilidades e lidar com mudanças inesperadas. É crucial em um mercado de trabalho em constante evolução.
- Pensamento crítico
Competência que busca analisar situações de forma lógica, identificar problemas e desenvolver soluções eficazes. Profissionais com pensamento crítico são valiosos para a tomada de decisões estratégicas.
- Resolução de problemas
Solucionar problemas de forma inovadora e eficaz para desafios complexos é uma excelente soft skill. Esta habilidade é particularmente importante em ambientes de trabalho que valorizam a inovação.
- Trabalho em equipe
Consiste em colaborar de maneira eficaz com colegas de trabalho, respeitando diferentes pontos de vista e contribuindo para objetivos comuns. O trabalho em equipe é essencial para o sucesso de projetos e iniciativas empresariais.
- Liderança
Capacidade de inspirar, motivar e guiar equipes para alcançar objetivos. Liderança eficaz envolve delegação, tomada de decisão e a capacidade de influenciar positivamente os outros.
- Gestão do tempo
Habilidade de organizar e priorizar tarefas de maneira eficiente para cumprir prazos e objetivos. A boa gestão do tempo é crucial para manter a produtividade e reduzir o estresse no trabalho.
- Criatividade
A capacidade de pensar fora da caixa e desenvolver ideias inovadoras. A criatividade é altamente valorizada em setores que dependem de inovação constante para crescer.
- Negociação
Habilidade de negociar acordos que beneficiem todas as partes envolvidas. Bons negociadores sabem como alcançar resultados positivos sem comprometer relacionamentos.
As vantagens de um time com soft skills desenvolvidas
Investir no desenvolvimento de soft skills contribui para o crescimento profissional dos indivíduos e para o sucesso a longo prazo da equipe e da empresa na totalidade.
Alguns dos benefícios que podemos citar são:
- Aprimoramento das relações interpessoais
- Desenvolvimento de liderança
- Maior adaptabilidade e flexibilidade
- Melhora na resolução de conflitos
- Aumento da criatividade e inovação
Como avaliar as soft skills no momento da contratação?
Diferente das hard skills, as soft skills são mais difíceis de serem quantificadas e avaliadas, pois estão intimamente ligadas à personalidade e às experiências de vida do profissional.
Fazer as perguntas certas e prestar atenção nas respostas é fundamental para identificar se o candidato tem as características pessoais desejadas pela instituição.
Essas perguntas podem ser mais específicas dependendo do objetivo do gestor e da ocupação da vaga. Geralmente, perguntas que giram em torno de temáticas sobre trabalho em equipe, resolução de problemas e inteligência emocional são as mais comuns.
Para facilitar essa avaliação, é possível aplicar o QUATI (Questionário de Avaliação Tipológica) que visa definir os padrões cognitivos e comportamentais de um indivíduo. Com tudo, esse teste só pode ser aplicado por profissionais com formação em psicologia.
Uma alternativa bastante reconhecida é o MBTI (Indicador de Tipo Myers-Briggs) que é um teste que categoriza a personalidade do profissional em 16 tipos. Ele ajuda a entender o padrão de comportamento e habilidades do entrevistado, principalmente em relação a tomadas de decisões.
Principais problemas enfrentados pelos recrutadores
Recrutar profissionais capacitados é um desafio constante para muitas organizações. A busca por talentos que não apenas possuam as habilidades técnicas necessárias, mas que também tenham habilidades interpessoais está cada vez mais difícil.
Escassez de talentos com soft skills desenvolvidas
Muitas vezes, o foco no momento de uma contratação está mais voltado para as competências técnicas, mas as soft skills são igualmente cruciais para o sucesso no ambiente de trabalho.
A escassez de profissionais com essas habilidades pode ser um problema para muitos gestores. Isso porque sem essas habilidades desenvolvidas, a produtividade interna, o fluxo de trabalho e uma interação saudável com o time podem ser prejudicados.
Tempo e custo adicionais por conta de candidatos inadequados
O processo de recrutamento pode ser demorado e caro. Desde a triagem de currículos até a realização de entrevistas e a integração de novos colaboradores, cada etapa demanda recursos significativos.
A pressão para preencher rapidamente as vagas pode comprometer a qualidade das contratações, resultando em escolhas precipitadas e inadequadas.
Falta de liberdade geográfica e flexibilidade
Muitos candidatos hoje buscam oportunidades que oferecem a possibilidade de trabalho remoto ou modelos híbridos, permitindo um equilíbrio melhor entre vida pessoal e profissional.
A insistência em posições estritamente presenciais pode limitar o leque de possibilidades de candidatos e afastar profissionais altamente qualificados que valorizam a liberdade geográfica. As empresas que não se adaptam a essas novas expectativas podem enfrentar dificuldades em encontrar novos talentos.
Desalinhamento com o fit cultural da empresa
Optar por profissionais que não estejam alinhados aos valores e à cultura da empresa pode ser prejudicial. Muitas vezes, a necessidade de preencher rapidamente uma vaga leva a uma avaliação superficial da compatibilidade cultural dos candidatos. Isso pode resultar na contratação de um profissional que não se adapta ao novo ambiente de trabalho, comprometendo seu desenvolvimento e integração na equipe.
Consequentemente, a falta de alinhamento cultural afeta o engajamento e a motivação do time, deteriorando o clima organizacional e aumentando turnover e absenteísmo.
Para resolver esses desafios, é crucial adotar modelos de trabalho que promovam a evolução contínua e facilitem contratações otimizadas. Dessa forma, os gestores não precisam se preocupar com todo o processo, resultando em maior sucesso organizacional e no recrutamento de talentos capazes de aprimorar a produtividade e o relacionamento interno da equipe. Um desses modelos de trabalho é o cooperativismo.
Contratações descomplicadas com o cooperativismo
No contexto do modelo cooperativista, os gestores encontram meios eficazes para superar as adversidades do processo de recrutamento e seleção, especialmente diante da escassez de profissionais com habilidades interpessoais bem desenvolvidas. Ao aderir à prestação de serviços por meio de cooperativas, surgem vantagens tanto para a organização quanto para a gestão desses colaboradores.
A contratação de profissionais qualificados fica sob responsabilidade da cooperativa, o que reduz o tempo e os custos associados ao processo de seleção e recrutamento. Além disso, esses profissionais estão alinhados com a cultura organizacional da empresa onde prestarão seus serviços, minimizando casos de rotatividade e problemas de gestão.
Adicionalmente, os colaboradores vinculados a cooperativas desfrutam de uma ampla carteira de benefícios, o que os torna mais valorizados e engajados. Além disso, esses profissionais possuem maior liberdade geográfica e flexibilidade, podendo atuar de diversos lugares sem comprometer a produtividade e a qualidade das entregas. Esses fatores incentivam o desenvolvimento contínuo, abrangendo tanto competências interpessoais quanto técnicas.
Por fim, a gestão simplificada oferecida pelas cooperativas elimina preocupações relacionadas à folha de pagamentos, garantindo agilidade na administração financeira.
Conclusão
Investir no desenvolvimento de soft skills para a equipe é mais do que uma tendência; é uma necessidade estratégica para o sucesso organizacional. As habilidades comportamentais, como comunicação eficaz, inteligência emocional, adaptabilidade e liderança, são fundamentais para a melhora na produtividade e melhora nos relacionamentos entre a equipe. Empresas que promovem o aprimoramento dessas competências entre seus colaboradores conseguem criar um ambiente de trabalho mais harmonioso, produtivo e inovador.
Além disso, a adoção de modelos de trabalhos mais eficientes como o cooperativismo pode ser uma solução eficaz para superar os obstáculos no recrutamento de profissionais capacitados. Esse modelo facilita a contratação de talentos alinhados com a cultura organizacional, ao mesmo tempo que proporciona uma valorização contínua dos colaboradores.
Com isso, as empresas não só atraem e retêm profissionais qualificados, mas também promovem um ambiente de trabalho saudável e colaborativo, essencial para a sustentabilidade e crescimento a longo prazo.
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