Sendo um fenômeno comum em ambientes de trabalho e referente à frequência de ausências não programadas de colaboradores, o absenteísmo tem sido uma pedra no sapato para muitos gestores. Essas ausências podem incluir faltas por motivos de doença, problemas familiares, questões pessoais, entre outros.
A grande realidade é que esse padrão de comportamento representa uma desconexão entre a disponibilidade dos profissionais para trabalhar e a presença efetiva no local de trabalho.
Segundo uma pesquisa conduzida pela Exame, a indústria de serviços apresenta uma taxa média de ausência de 5%, enquanto no comércio varejista essa taxa varia entre 7% e 10%. Ambos os valores são muito altos, justamente pelos índices aceitáveis serem de até 4%.
Diante disso, vamos apresentar alguns tipos de absenteísmo (mostrando suas principais causas), impactos na produtividade corporativa e estratégias para lidar com esse fenômeno – além de apresentar o cooperativismo como um modelo de trabalho fundamental para a redução dos índices de absenteísmo.
Índice:
- Razões por trás desse fenômeno
- Impacto na produtividade
- Calculando o índice de absenteísmo
- Estratégias para a redução de absenteísmo
- Sistema cooperativista como ferramenta
- Conclusão
Razões por trás desse fenômeno
Segundo uma pesquisa da Universidade Federal da Bahia (UFBA), as razões mais comuns para ausências e atrasos no trabalho estão ligadas a questões de saúde, tanto física quanto mental.
Isso pode abranger desde condições relacionadas ao trabalho até problemas como estresse e depressão. Além disso, fatores como dificuldades na locomoção, remunerações baixas e a falta de oportunidades de crescimento são destacados.
- Problemas de bem-estar
É comum que os colaboradores necessitem se ausentar ocasionalmente para realização de exames de rotina ou outros tipos de cuidados médicos.
No entanto, é de suma importância que os gestores estejam atentos para que as ausências não afetem negativamente os índices e a produtividade da organização.
- Estrutura organizacional desatualizada
Uma elevada taxa de absenteísmo pode ser um sinal de complicações estruturais dentro da organização, especialmente ligadas à estrutura organizacional. Comportamentos e valores são influenciados pela estrutura organizacional, na vida diária dos colaboradores de uma empresa.
Caso não seja adequadamente gerida, pode resultar em desalinhamento, falta de coesão entre equipes, baixo nível de comprometimento, entre outros desafios.
- Excesso de estresse
Segundo o relatório People at Work 2023, no Brasil, 67% dos profissionais relataram que seu trabalho é influenciado negativamente pelo estresse e 31% pela saúde mental.
A quantidade de profissionais no mundo que se sentem apoiados por seus gestores em relação à saúde mental caiu de 70% em 2022 para 64% no ano de 2023.
Ambientes de trabalho sob intensa pressão, com demandas para entregas e prazos apertados, contribuem para o ambiente menos saudável
Uma das principais consequências é a queda na imunidade, predispondo a enfermidades e afetando até mesmo a memória e capacidade de concentração.
- Falta de liberdade geográfica
Longos tempos de deslocamento, greves persistentes no transporte público, falta de acesso a um transporte confiável são fatores que podem ser decisivos para que os colaboradores não consigam chegar ao seu trabalho pontualmente.
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), as pessoas passam em média 4,8 horas por semana no deslocamento entre a casa e o local de trabalho. Esse número pode ser ainda maior, chegando a 7 horas por semana, em grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro.
Impacto na produtividade
Por que o fenômeno do absenteísmo causa preocupação? Ele implica em custos adicionais que muitas empresas negligenciam, traduzidos em horas remuneradas, mas não trabalhadas por seus colaboradores.
Quando observado sob a perspectiva do planejamento estratégico, um alto índice de absenteísmo pode explicar atrasos em projetos, interrupções na continuidade de diversas atividades, sobrecarga de trabalho para os colegas presentes, queda na qualidade dos produtos ou serviços e, consequentemente, redução da eficiência, gerando custos adicionais para as organizações.
Além disso, o absenteísmo crônico pode criar uma cultura organizacional negativa e afetar o engajamento da equipe.
Para entender e gerenciar o absenteísmo, as organizações frequentemente utilizam métricas para medir sua extensão e impacto.
Calculando o índice de absenteísmo
O índice de absenteísmo é uma medida quantitativa que calcula a proporção de horas de trabalho perdidas devido à ausência dos colaboradores em relação ao número total de horas programadas de trabalho.
Aqui está um exemplo de fórmula mais comumente encontrado no mercado:
(total de colaboradores * nº de horas perdidas devido a faltas e/ou atrasos de cada colaborador) ÷ (total de colaboradores * carga horária total de cada trabalhador)
Considere o seguinte cenário: você gerencia um time de 20 colaboradores que trabalham 8 horas diárias durante 20 dias no mês. Em média, cada profissional se atrasou 40 minutos mensalmente e ocorreram 2 ausências.
Nesse caso, iremos manter a unidade de medida em horas, de maneira a respeitar a fórmula. Realizando as conversões:
- nº de horas perdidas devido a faltas e/ou atrasos = 2 x 8h + 40/60 = 16,66h
- carga horária total = 20 x 8h = 160h
- Índice de absenteísmo = 20 x 16,66 / 20 x 160 = 10,41%
Como dito anteriormente, uma taxa de ausências de até 4% é vista como satisfatória. Por mais não haja uma unanimidade quanto a um valor exato, justamente por conta do indicador que pode oscilar conforme o ramo de atividade e o porte da empresa.
Quando esse número ultrapassa esse limite, é necessário que o gestor fique em alerta.
Como dito anteriormente, uma taxa de ausências de até 4% é vista como satisfatória. Por mais não haja uma unanimidade quanto a um valor exato, justamente por conta do indicador que pode oscilar conforme o ramo de atividade e o porte da empresa.
Quando esse número ultrapassa esse limite, é necessário que o gestor fique em alerta.
Estratégias para a redução de absenteísmo
Existem várias estratégias que as organizações podem adotar para reduzir o absenteísmo e promover a assiduidade dos colaboradores no local de trabalho.
Isso inclui a implementação de políticas como:
- Promova uma cultura organizacional saudável
Isso implica em diversas práticas, como o desenvolvimento de atividades de team building, o reconhecimento do bom desempenho e a promoção de um ambiente pautado pelo respeito e colaboração mútuos.
Além disso, uma cultura saudável não apenas incentiva o crescimento profissional dos colaboradores, proporcionando oportunidades de aprendizado e feedback construtivo.
Ao priorizar o bem-estar dos membros da equipe, isso traz aspectos positivos relacionados tanto à saúde mental quanto à física, fomentando um equilíbrio melhor entre vida profissional e pessoal.
- Ofereça benefícios de saúde diferenciados
Esses benefícios podem abranger uma variedade de programas de bem-estar, como atividades físicas, acompanhamento nutricional e suporte psicológico.
A implementação de um plano de saúde corporativo abrangente, que esteja alinhado com as necessidades dos colaboradores, representa uma estratégia eficaz.
- Incentive o equilíbrio entre vida profissional e pessoal
Esse objetivo pode ser alcançado por meio da oferta de flexibilidade de horários, da possibilidade de trabalho remoto (home office) e da implementação de políticas que facilitem a conciliação entre as responsabilidades pessoais e profissionais dos colaboradores.
Além disso, é essencial incentivar uma comunicação aberta e honesta com a equipe e valorizar as ideias e opiniões dos colaboradores, dessa forma, criando um ambiente de trabalho inclusivo e diversificado.
- Alinhamento sobre os indicadores de produtividade
É crucial abordar os indicadores de produtividade adequados para garantir que as expectativas dos profissionais estejam alinhadas com os objetivos da empresa. Isso é importante para evitar problemas como a falta de reconhecimento e a criação de um ciclo de alta rotatividade.
Temos um artigo focado em indicadores de produtividade, vale a pena conferir.
- Opte por modelos de trabalhos mais eficientes
Muitas vezes, o profissional não se sente bem justamente por estar em um modelo de trabalho que é muito exaustivo e que não revisita seu verdadeiro potencial com processos mais organizados e bem definidos.
Isso pode trazer uma queda em sua produtividade e uma fadiga desnecessária, levando a diversos sintomas do absenteísmo. Por isso, é importante procurar novos modelos de trabalhos que tragam melhores soluções tanto para o colaborador quanto para a empresa.
Modelo cooperativista como ferramenta
Problemas como Turnover e próprio absenteísmo têm sido questões recorrentes para diversas organizações, por isso, é necessário optar por um modelo de trabalho que traga ferramentas que auxiliem nesses desafios.
- Cultura organizacional efetiva
A comunicação aberta e transparente é a chave para oferecer educação e treinamento contínuos. Esses fatores valorizam a contribuição de cada membro e cria um ambiente de trabalho positivo e produtivo, onde todos se sentem valorizados e motivados para dar o seu melhor.
- A saúde vista como um fator vital
As cooperativas em seu DNA já apresentam uma cultura organizacional otimizada que oferece a seus colaboradores cuidados múltiplos com relação a sua saúde. Temos parcerias focadas em garantir o bem-estar tanto físico quanto mental.
- Flexibilidade como fio condutor para o sucesso
O cooperativismo proporciona maior flexibilidade na carga horária dos colaboradores, além de existir a possibilidade da liberdade geográfica, dessa forma, não apresentando questões relacionadas a atrasos por conta do deslocamento para o ambiente de trabalho
Esses fatores trazem uma maior redução de custos para as organizações, além de aumentarem a produtividade da equipe de forma geral.
- Retenção de talentos escassos no mercado
De acordo com uma pesquisa do ManpowerGroup sobre a escassez de talentos, foi revelado que 80% dos empregadores no Brasil enfrentam dificuldades para recrutar talentos.
A principal barreira é encontrar profissionais que não apenas se encaixem no perfil desejado, mas que também possuam as habilidades adequadas para desempenhar uma determinada atividade.
No entanto, quando um colaborador se sente confortável e motivado para interagir com a equipe e realizar suas tarefas diárias, ele se torna um componente integral da organização.
- Equilíbrio entre vida pessoal e profissional
Todos esses fatores colaboram para que o profissional tenha a oportunidade de desfrutar de mais tempo em sua vida pessoal. Isso não apenas melhora seu bem-estar geral, mas também reflete em seu desempenho no trabalho.
Com mais tempo para recarregar e se concentrar em interesses pessoais, o colaborador retorna ao ambiente corporativo com maior disponibilidade, engajamento e produtividade.
Isso cria um ciclo positivo que beneficia tanto o indivíduo quanto a organização na totalidade.
Conclusão
O absenteísmo é um desafio significativo para as organizações, pois pode afetar negativamente a produtividade, eficiência e moral dos colaboradores. No entanto, ao compreender as causas do absenteísmo, medir seu impacto, e implementar estratégias eficazes de gestão e prevenção, as empresas podem mitigar seus efeitos e promover um ambiente de trabalho saudável, produtivo e harmonioso.
O cooperativismo se destaca como uma alternativa promissora para enfrentar esse desafio, ao promoverem uma cultura organizacional eficiente, trazendo cuidados de saúde abrangentes, maior flexibilidade nas cargas horárias e a possibilidade de liberdade geográfica.
Caso queira entender melhor sobre como podemos trabalhar juntos para criarmos um ambiente colaborativo ainda melhor, entre em contato conosco em nosso site e descubra como podemos fortalecer sua equipe e garantir o sucesso a longo prazo. Nos acompanhe nessa jornada em nossas redes sociais oficiais.