Como o cooperativismo revolucionou os modelos de trabalho

Ser dono do próprio negócio é uma ideia quase sempre associada ao empreendedorismo. No entanto, nem todo empreendedor precisa ser, necessariamente, o único dono da sua empresa. Criado há mais de 170 anos, o cooperativismo mostra isso. Trata-se de um modelo de negócio com um aspecto em comum: todos os membros são proprietários do patrimônio da empresa com igual poder de decisão.

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O conceito

O princípio norteador do cooperativismo é a gestão democrática entre os associados. Todos eles são envolvidos diretamente ou indiretamente na formulação de políticas e tomada de decisões. Em organizações com muitos integrantes, pode-se eleger representantes em eleições, nas quais todos têm direitos iguais. Um membro, um voto.

Uma cooperativa nasce, na maioria das vezes, da união de profissionais autônomos que visam a diminuição de custos, feita através da realização de compras conjuntas e melhores condições de pagamento, por exemplo. Este ponto explica outro princípio, que é a participação econômica.

Entre os pequenos negócios, as cooperativas apresentam oportunidades de crescimento e manutenção. Afinal, o trabalho conjunto permite a essas empresas acessarem de forma bem mais fácil inovações tecnológicas e serviços financeiros.

Modelo de negócio e filosofia de vida

Costumamos dizer que o cooperativismo é mais do que um modelo de negócio: é uma filosofia de vida. O sistema dá a possibilidade de pessoas melhorarem a qualidade de vida, além de alcançarem equidade e geração de riquezas. Até porque a cooperativa é uma sociedade de pessoas, não de capital, sendo essa umas das vantagens da cooperativa.

Além disso, o modelo de trabalho é capaz, como consta em seus pilares, de transformar uma comunidade, uma cidade, um país. Pensando mais à frente, fazer do mundo um lugar melhor, mais justo, mais feliz e com oportunidades para todos.

Cooperativismo com cada vez mais força

O sistema cooperativista começou em 1844, na França, como resposta de um grupo de tecelões ao aumento do desemprego e aos baixos salários pagos pelas empresas locais depois do início da Revolução Industrial.

Hoje, é um movimento grande que abrange sete ramos: agropecuário; consumo; crédito; infraestrutura; saúde; trabalho/produção de bens e cooperativa de serviços; e transporte. Portanto, as cooperativas estão por toda parte, como táxis, bancos, turismo, artesanato e muito mais.

Muita gente não sabe, mas o Brasil abriga as duas maiores cooperativas na área da saúde do mundo. Uma é a Uniodonto, de dentistas, e a outra é a Unimed, de médicos.

Nos últimos anos, a quantidade de cooperados no Brasil cresceu 62% e a quantidade de empregos gerados pelas cooperativas nacionais aumentou 43%.