Segundo a Forbes, as equipes que valorizam a inclusão tomam melhores decisões de negócios em até 87% dos casos. Além de tomarem essas decisões duas vezes mais rápido em metade das reuniões.

Outro estudo conduzido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostra que a maioria das empresas reconhece a relevância dos programas de diversidade e inclusão. Aproximadamente 60% dos participantes afirmaram que a presença de colegas de grupos minoritários em suas organizações aumentou.

Esses dados são muito importantes, pois consolidam uma realidade de inclusão que já vem se formando ao longo dos anos dentro das empresas.

Para entendermos essa nova realidade, vamos nos aprofundar sobre o conceito de diversidade, seus principais tipos, sua implementação de forma equitativa, seus benefícios e a relação com o cooperativismo para a construção de carreira mais inclusiva.

Índice:

• O que é de fato a diversidade?
• Os principais tipos de diversidade
• Como promover a diversidade nas empresas
• Os benefícios de olhar atentamente para a diversidade
• Como alinhar as necessidades dos colaboradores com os objetivos da gestão?
• O compromisso do cooperativismo com a diversidade
• Conclusão

O que é de fato a diversidade?

Sendo um conceito bastante complexo, a diversidade é presença e aceitação de uma gama de características e perspectivas em um determinado contexto.

Se tratando principalmente de entender, respeitar e valorizar essas diferenças para criação de um ambiente mais rico culturalmente.

Os principais tipos de diversidade

Para entendermos melhor essas diferenças, é necessário termos como conhecimento alguns aspectos principais como:

• Raça;
• Etnia;
• Gênero;
• Idade
• Religião;
• Orientação sexual;
• Condições físicas e mentais;
• Habilidades;

Ter esse entendimento inicial faz toda a diferença quando o objetivo de um gestor é justamente promover um ambiente mais inclusivo e que os colaboradores se sintam mais confortáveis para exercer suas atividades.

Como promover a diversidade nas empresas

A grande questão é que boa parte das companhias não sabem como aplicar esses conceitos, na prática. Não se trata apenas de aderir a um discurso conveniente para essas marcas. 

É sobre ter atitudes mais práticas e palpáveis, principalmente relacionado ao comprometimento das lideranças em promover ações e práticas que contribuem, de forma mais rápida e eficiente, para o sucesso da criação de um ambiente mais inclusivo. 

Essas iniciativas podem ser feitas mediante workshops sobre políticas de inclusão, novas condutas sobre contratações mais justas e equitativas, além da atenção as necessidades desses colaboradores.

Condutas como estas constroem um ambiente de trabalho diversificado e mais inclusivo, onde todos os funcionários se sentem valorizados, independentemente de suas diferenças.

Os benefícios de olhar atentamente para a diversidade

Além da melhora do clima organizacional e aumento no engajamento da equipe, essas políticas também valorizaram o Employer Brand da marca, trazendo elementos como melhora na reputação da empresa, possível atração de mais clientes e potenciais colaboradores.

Essas posturas trazem para a organização uma redução de custos, justamente por auxiliar na redução da rotatividade de profissionais e de gastos com novas contratações.

Outros pontos importantes são diferentes perspectivas e experiências. Os colaboradores podem trazer ideias únicas e soluções inovadoras para os desafios do seu setor e da empresa de forma geral, podendo levar a uma vantagem competitiva no mercado.

Como alinhar as necessidades dos colaboradores com os objetivos da gestão?

Provavelmente esse seja um dos maiores desafios enfrentados pela gestão de forma geral no ambiente corporativo.

Alinhar as necessidades dos membros da sua equipe com o que você espera deles é crucial para a promoção de um ambiente mais transparente e respeitoso com diferentes realidades e pontos de vista.

Trata-se de uma troca mútua entre as lideranças e os colaboradores, onde cada um tem suas motivações e objetivos claros.

Quanto mais essas intenções estiverem na mesma alinhadas, ambos os lados saem ganhando. Para isso, é necessário se atentar a alguns pontos que podem facilitar essa comunicação:

• Prezar por uma comunicação clara e inclusiva

A chave para qualquer relacionamento sadio e duradoura é a comunicação transparente. Isso revisita os caminhos que a organização está tomando e o quê ela espera de seus colaboradores, assim como vice-versa. O próximo tópico é justamente sobre isso.

Isso pode ser feito via reuniões regulares, boletins informativos, e-mails e outras formas de comunicação interna.

• Dar voz a esses grupos e ouvir suas necessidades

Por exemplo, alguns colaboradores podem valorizar oportunidades de desenvolvimento de carreira, enquanto outros podem priorizar o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.

Entender essas necessidades pode ajudar a gestão a criar um ambiente de trabalho que atenda às necessidades de todos.

Podendo ser realizado por meio de pesquisas internas com diversos setores, além de poder ser aplicado na sua equipe.

• Reconhecimento e recompensa

Esse é um dos pontos que mais podem trazer um aumento significativo na motivação e na satisfação dos colaboradores.

Essa mudança de postura pode ser feita por promoções, incentivos de reconhecimento e outras formas de recompensa. 

Além disso, o reconhecimento não precisa ser sempre financeiro. Um simples agradecimento ou elogio pode ter um grande impacto na vida desse profissional.

• Respeite os limites geográficos. 

Para os profissionais que apresentam alguma dificuldade de locomoção por questões físicas, sociais e até mesmo econômicas, é importantíssimo entender alguns limites e buscar respostas para solucionar essas situações.

Uma alternativa muito interessante é o trabalho a distância, pois ele tem o potencial de democratizar o acesso a oportunidades de qualidade, especialmente nesses contextos adversos. 

Ao permitir que as pessoas trabalhem de qualquer lugar, as empresas trazem mais conforto para diferentes quadros e necessidades de seus colaboradores, além de oferecer melhores oportunidades para aqueles que podem não ser capazes de se deslocar para um escritório físico.

• Envolvimento dos colaboradores nas tomadas de decisões

Incluir os colaboradores em uma posição que faça diferença nas tomadas de decisão é essencial para que esse vínculo continue duradouro e saudável.

Essa decisão é primordial para que tanto os colaboradores quanto gestores tenham autonomia nas tomadas de decisão de uma organização.

A partir dessa premissa surge o cooperativismo, que prioriza a autonomia dos profissionais e a tomada de decisões democráticas. Por meio de assembleias e congressos, os membros têm a oportunidade de influenciar o curso das decisões da organização, impactando o coletivo de forma significativa.

O modelo cooperativista representa uma inovação ao proporcionar uma abordagem mais democrática e inclusiva para o mercado.

O compromisso do cooperativismo com a diversidade

Nesse momento, é importantíssimo relembrarmos do primeiro princípio do cooperativismo:

“As cooperativas são organizações voluntárias, abertas a todas as pessoas interessadas em utilizar seus serviços e dispostas a aceitar as responsabilidades da sociedade, sem discriminação social, racial, política, religiosa e de gênero.”

Mesmo sendo uma afirmação e um princípio extremamente enérgico e forte, ele não é apenas feito de palavras, mas sim de ações. 

Segundo o Anuário Coop 2023, dos 20,5 milhões de cooperados (cerca de 10% da população brasileira), 41% desse total são profissionais femininas.

A participação feminina é bastante presente nos setores de consumo, crédito, saúde e trabalho, produção de bens e serviços.

Esses dados evidenciam uma distribuição equitativa entre ambos os gêneros, justamente por o cooperativismo ser um modelo único que apresenta características propícias para a criação de ecossistema plural de opiniões que contribuem para uma experiência de trabalho mais humanizada e empática.

Além disso, o Sistema OCB implantou, em 2020, os Comitês de Jovens e Mulheres, compostos por “Embaixadores Coop” e integrantes indicados pelas unidades estaduais, incentivando esses profissionais a alcançarem posições de liderança nas cooperativas.

Essas ações promovem a participação ativa de todos os membros, independentemente de seu histórico ou habilidades, criando um ambiente onde todos têm a oportunidade de contribuir.

Conclusão

A diversidade e a inclusão são mais do que apenas tendências e requisições sociais, elas são essenciais para o sucesso de qualquer organização.

Ao promover a diversidade, as empresas podem se beneficiar de uma variedade de perspectivas, melhorando a satisfação dos colaboradores.

Portanto, é vital que todas as empresas busquem abraçar a diversidade e trabalhar para criar um ambiente de trabalho verdadeiramente inclusivo.

Para facilitar essa caminhada, é necessário aderir a um modelo de trabalho que promova a equidade social e a governança democrática na organização

O cooperativismo é esse modelo que abraça a participação ativa de todos os membros, trazendo diversos benefícios para as organizações que buscam um ambiente mais produtivo e inclusivo.

Ficou curioso para entender mais sobre o mundo rico do cooperativismo? 

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