Cada etapa de nossa vida é dividida por períodos. Passamos pela infância, adolescência e vida adulta. Assim como na vida, o mundo corporativo também é dividido em diversas fases.
Nos deparamos com muitas etapas, como os primeiros dias na empresa, o contato inicial com os membros da equipe e o amadurecimento de nossas habilidades no ambiente de trabalho. Esse ciclo vai moldando como enxergamos e nos relacionando com esse ambiente.
A partir disso, especialistas e gestores procuraram compreender melhor esse processo para o tornar cada vez mais natural e positivo para os colaboradores.
Conforme a pesquisa da The Josh Bersin Company, empresas que desenvolvem um Employee Experience positivo possuem 2,2x mais chances de superar a meta financeira, 2,4x mais chances de encantar pessoas consumidoras, 4,3x mais chances de inovar com eficiência, e 5,1x mais chances de criar um senso de pertencimento, engajar e reter talentos.
Para entendermos melhor esse tema e como ele pode acrescentar muito na cultura organizacional da sua empresa, nos aprofundamos sobre o que é employee experience, como ela pode contribuir para o seu negócio positivamente e sobre um modelo de trabalho que auxilia nesse processo.
Índice:
- O que é Employee Experience
- Os pilares da Employee Experience
- Entendo a jornada do colaborador
- Como colocar a estratégia da Employee Experience em prática?
- Seus benefícios valem a pena?
- Sua relação com Employer Brand
- Cooperativismo como solução estratégica
- Conclusão
O que é Employee Experience
Essa metodologia é a soma de todas as percepções e sentimentos que os colaboradores têm em relação à empresa durante sua jornada de trabalho. Isso inclui desde o momento do recrutamento até a saída da organização.
Durante essa jornada, os colaboradores interagem com a liderança, equipes e centenas de outros aspectos da empresa. Esta abordagem posiciona o colaborador no centro das atenções, incentivando a empresa a dedicar todas as suas energias para cultivar equipes de alto desempenho.
É importante frisar que employee experience não é apenas o engajamento do colaborador, uma política de trabalho flexível, um pacote de benefícios cheio de opções atraentes, ou um escritório cheio de atrativos.
Ela é focada em entender como os colaboradores pensam e se sentem durante cada ponto de contato de sua jornada pela empresa – suas interações com a liderança, equipes e centenas de outras coisas.
Os pilares da Employee Experience
Para tornar a experiência do colaborador a melhor possível, temos que ter em mente 5 aspectos principais.
- Onboarding eficiente
O processo de integração é a primeira impressão que um colaborador tem da organização. Um onboarding eficiente não apenas orienta os novos colaboradores sobre suas funções e responsabilidades, mas também os ajuda a entender a cultura e os valores da organização.
- Desenvolvimento e crescimento profissional
As oportunidades de desenvolvimento e crescimento profissional são essenciais para manter os colaboradores engajados. Isso pode incluir programas de treinamento, workshops, cursos online e até mesmo oportunidades de rotação de trabalho. Ao investir no desenvolvimento de seus colaboradores, as organizações não apenas aumentam a satisfação e a retenção dos colaboradores, mas também melhoram a qualidade do trabalho realizado.
- Ambiente de trabalho saudável
Um ambiente de trabalho saudável é aquele que promove o bem-estar físico e mental dos colaboradores. Isso pode incluir a promoção de um equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal, a criação de um ambiente de trabalho seguro e confortável, e a promoção de uma cultura de respeito e inclusão.
- Comunicação clara e transparente
Uma comunicação clara e transparente ajuda a construir confiança, promove a colaboração e ajuda a evitar mal-entendidos. Isso pode incluir a realização de reuniões regulares de equipe, a promoção de uma cultura de feedback aberto e a utilização de canais de comunicação eficazes.
- Liderança inspiradora
Líderes inspiradores são aqueles que motivam e capacitam seus colaboradores. Eles estabelecem uma visão clara, definem expectativas claras e fornecem feedback construtivo. Além disso, eles reconhecem e valorizam o trabalho duro de seus colaboradores, o que pode ter um impacto significativo na moral e no engajamento da equipe.
Entendo a jornada do colaborador
Os pilares do EX são muito importantes, mas precisamos entender também os pontos de contato (as etapas do colaborador) desde o momento em que entra em uma empresa até sua saída.
Esse caminho é composto por:
- Processo seletivo;
- Contratação;
- Onboarding;
- Treinamento e desenvolvimento;
- Crescimento (promoções e avanços na carreira);
- Outplacement (processo de demissão e recolocação).
Como colocar a estratégia do Employee Experience em prática?
Alguns passos devem ser seguidos para colocar a EX em ação. Devemos nos atentar para:
- Ouça a voz dos colaboradores:
O primeiro passo é entender as necessidades e desejos dos seus colaboradores. Isso pode ser por pesquisas de satisfação, reuniões de feedback e canais de comunicação abertos.
- Mapeie a jornada do colaborador:
Como já citado anteriormente, compreenda a jornada do colaborador na empresa, desde o processo seletivo até o desligamento. Isso ajudará a identificar áreas de melhoria.
- Crie um programa de Employee Experience para as necessidades dos colaboradores:
Desenvolva um programa que se concentre em melhorar a experiência do colaborador em todos os pontos de contato com a empresa.
- Garanta oportunidades de crescimento:
Ofereça oportunidades para o desenvolvimento profissional e pessoal dos colaboradores. Isso pode incluir treinamentos, workshops e planos de carreira.
- Ofereça e solicite feedback:
Estabeleça um sistema de feedback contínuo onde os colaboradores possam expressar suas opiniões e sugestões. Além disso, forneça feedback construtivo para ajudá-los a crescer e melhorar.
Seus benefícios valem a pena?
Essa estratégia não apenas promove o engajamento e a satisfação dos colaboradores, mas também contribui para a retenção de talentos e a redução dos custos associados à rotatividade.
Colaboradores que se sentem valorizados, apoiados e desafiados em seu trabalho são mais propensos a permanecer na empresa a longo prazo.
Segundo o estudo realizado pela IBM, entre os 25% dos colaboradores menos influenciados por uma boa EX, 44% têm a intenção de sair de seus empregos atuais. Isso é um indicativo de que não aderir a uma boa estratégia de EX pode comprometer a permanência do seu time ao longo prazo, trazendo um quadro o turnover e custos adicionais para a empresa.
Investir em programas de desenvolvimento profissional, ambiente de trabalho saudável e benefícios atrativos é essencial para reter os melhores talentos e manter uma equipe engajada e produtiva.
Sua relação com Employer Brand
Por mais que os dois conceitos sejam parecidos, são bem diferentes. Employer Brand é também uma estratégia, no entanto, focada em gerar uma percepção positiva sobre a empresa, como marca empregadora, de forma externa no mercado de trabalho.
Já o Employee Experience, como colocado anteriormente, é mais focado na percepção positiva e na qualidade dos relacionamentos do colaborador com sua equipe e ambiente de trabalho, sendo de forma mais interna.
Ambos são importantes para atrair e reter talentos. Se bem aplicado, uma boa estratégia de Employee Experience pode fortalecer o Employer Branding, pois colaboradores satisfeitos tendem a falar positivamente sobre a empresa, melhorando sua reputação no mercado e atraindo talentos de forma passiva para a companhia.
É importante notar que tanto o Employer Branding quanto o Employee Experience estão enraizados na cultura da empresa. Eles são reflexos de como a empresa valoriza seus colaboradores e o ambiente de trabalho que cria para eles.
Por isso, é necessário se atentar ao modelo de trabalho que está sendo adotado no ambiente de trabalho. Muitas empresas acabam aderindo a modelos de trabalho que desfavorecem essa harmonia, gerando um quadro desmotivação e insatisfação entre os colaboradores.
Isso nos leva a um modelo de trabalho inovador que conversa diretamente com estratégias que beneficiem tanto o colaborador quanto a organização: o cooperativismo.
Cooperativismo como solução estratégica
O desengajamento de colaboradores, cujas expectativas não estão alinhadas com as empresas, tornou-se uma realidade cada vez mais comum no mercado. Um dos fatores que contribui para esse cenário é a ineficiência de modelos de trabalho. Essa situação pode prejudicar a relação com a equipe, resultando em queda na produtividade e custos adicionais devido à rotatividade e absenteísmo.
A importância de colaboradores engajados é evidente tanto para a construção da marca externamente (Employer Brand) quanto internamente, apoiando a jornada profissional dentro da empresa (Employee Experience).
Para que esse cenário se concretize, é necessário a escolha de um modelo de trabalho que ofereça ferramentas para enfrentar esses desafios.
- Autonomia:
No modelo cooperativista, os membros têm voz nas decisões, participando ativamente das decisões. Isso cria um ambiente em que cada indivíduo se sente parte de algo maior. Além disso, o sistema de trabalho híbrido contribui para um fluxo de trabalho mais organizado e menos cansativo, além de trazer uma liberdade geográfica maior.
Isso resulta no fortalecimento e comprometimento dos colaboradores, contribuindo para um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo.
- Flexibilidade
As cargas horárias de profissionais cooperados são bastante flexíveis, além de terem um melhor aproveitamento da remuneração, abrindo margem para investimentos privados.
Esses fatores trazem um maior equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, o que contribui para a permanência do membro dentro da empresa.
- Maior abertura profissional
A comunicação é a base de tudo, dentro do universo cooperativista essa máxima não seria diferente. O incentivo para o desenvolvimento por meio de treinamentos contínuos é uma realidade.
Isso traz uma maior valorização para o profissional, além de criar um ambiente positivo e saudável onde os membros se sentem valorizados e motivados para entregar o seu melhor.
- Contratações econômicas
Com a escassez de talentos no mercado, encontrar profissionais aptos a desempenhar suas funções, mas sem comprometer sua qualidade tem sido uma tarefa cada vez mais árdua.
O cooperativismo auxilia nesse processo, com profissionais dedicados, que fazem a diferença no seu negócio.
Conclusão
A Employee Experience é uma estratégia que vai além de simplesmente oferecer um ambiente de trabalho agradável. Esta estratégia requer uma compreensão profunda de como cada colaborador percebe e interage com sua equipe e a organização na totalidade Essa percepção e interação podem ter um impacto significativo na produtividade do colaborador.
Se implementada, pode aumentar a produtividade e engajamento da equipe; no entanto, caso as lideranças não se atentem para essa estratégia, pode os colaboradores ficarem desmotivados e iniciarem um quadro de turnover dentro da organização.
Para lidar com modelos de trabalho ineficientes que podem causar esse quadro, o cooperativismo surge como um modelo de trabalho que favorece essa estratégia, promovendo um ambiente de trabalho mais equitativo.
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