Cooperativismos social dentro de uma empresa

O cooperativismo como alternativa social: quais são seus benefícios?

As cooperativas, entidades sem fins lucrativos, objetivam unir cooperados com objetivos em comum. Graças a ideia, inúmeros trabalhos foram possibilitados de ter melhores condições de trabalho e acesso a diferentes serviços.

Entretanto, os motivos da consolidação do cooperativismo no Brasil e no mundo não param por aí. O modelo de negócio de uma cooperativa beneficia o âmbito social.

Isso porque, além de gerar um impacto econômico positivo na sociedade, é capaz de causar transformações relevantes. Acompanhe a leitura e confira!

Por que o cooperativismo é uma alternativa social?

O cooperativismo é uma alternativa social porque promove a colaboração e a solidariedade entre seus membros, visando benefícios coletivos e não apenas o lucro individual. 

Ele se baseia em princípios como gestão democrática, autonomia e participação econômica dos cooperados, garantindo que as decisões sejam tomadas de forma coletiva e transparente​.

Além disso, o cooperativismo proporciona condições de trabalho mais justas e flexíveis, permitindo que profissionais atuem com autonomia e autogestão, sem a rigidez das relações de emprego tradicionais​. 

Também fomenta a inclusão social e econômica, possibilitando que grupos organizados tenham acesso a mercados e recursos que, individualmente, seriam mais difíceis de alcançar.

Outro ponto importante é o impacto social positivo. Cooperativas muitas vezes reinvestem seus ganhos em melhorias para os cooperados e suas comunidades, promovendo acesso à educação, saúde e bem-estar​. 

Dessa forma, o modelo cooperativista se apresenta como uma solução sustentável para o desenvolvimento econômico e social.

Quais benefícios do cooperativismo para a sociedade?

O cooperativismo traz inúmeros benefícios para a sociedade, pois é um modelo econômico e social que equilibra crescimento financeiro com bem-estar coletivo. Aqui estão alguns dos principais benefícios:

Geração de trabalho e renda

Oportunidade de trabalho para diversas categorias profissionais, permitindo que os cooperados tenham autonomia e melhores condições de remuneração​.

Rendimento líquido mais vantajoso, pois os cooperados não sofrem com encargos trabalhistas excessivos, como ocorre no regime CLT​.

Desenvolvimento econômico sustentável

O cooperativismo estimula a economia local, pois as cooperativas reinvestem seus ganhos na própria comunidade​.

Incentiva o empreendedorismo coletivo, permitindo que pequenos produtores e prestadores de serviço tenham acesso ao mercado de forma competitiva.

Inclusão social e redução das desigualdades

O modelo cooperativista favorece a inclusão de pessoas que teriam dificuldades no mercado formal, como trabalhadores autônomos e pequenos produtores​.

As cooperativas promovem a igualdade de oportunidades, pois as decisões são tomadas democraticamente, independentemente do capital investido pelos sócios.

Benefícios na saúde e bem-estar

Cooperados podem ter acesso a planos de saúde e odontológicos com condições diferenciadas, o que melhora sua qualidade de vida​​.

Programas de bem-estar e benefícios como academias (TotalPass) e previdência privada são frequentemente oferecidos aos cooperados​​.

Educação e formação profissional

As cooperativas investem na capacitação contínua de seus membros, proporcionando treinamentos e qualificações para aprimorar suas habilidades​.

Esse investimento em educação resulta em profissionais mais preparados e competitivos no mercado.

Maior segurança jurídica e financeira

Os cooperados não precisam abrir CNPJ ou se preocupar com burocracia fiscal, pois a cooperativa cuida de toda a gestão administrativa​.

Além disso, há menos risco de vínculo empregatício indevido, pois a relação cooperativista é regida por leis específicas que garantem segurança jurídica​.

Sustentabilidade e responsabilidade social

Muitas cooperativas adotam práticas sustentáveis, ajudando a preservar o meio ambiente e promover a responsabilidade social​.

Como o modelo cooperativo visa o bem comum, os lucros são distribuídos de forma justa ou reinvestidos em ações que beneficiam a sociedade.

Flexibilidade e qualidade de vida

Diferentemente do trabalho formal, o cooperado tem mais autonomia para gerenciar sua carga horária e atividades, o que melhora sua qualidade de vida​.

Ele pode escolher quais projetos deseja atuar, sem a rigidez de um contrato tradicional.

No geral, o cooperativismo é um modelo que gera impacto positivo tanto para os indivíduos quanto para a sociedade como um todo, promovendo desenvolvimento econômico, inclusão social e bem-estar coletivo.

Princípios do cooperativismo

Os princípios do cooperativismo são diretrizes fundamentais que orientam as cooperativas em todo o mundo. 

Eles foram estabelecidos pela Aliança Cooperativa Internacional (ACI) e garantem que as cooperativas funcionem de forma democrática, justa e sustentável. Aqui estão os sete princípios básicos do cooperativismo:

Adesão voluntária e livre

As cooperativas são organizações abertas a todas as pessoas que desejam participar e que estejam dispostas a assumir as responsabilidades de um cooperado, sem qualquer tipo de discriminação por raça, gênero, religião ou posição social​.

Promove a inclusão e a diversidade, garantindo que todos tenham oportunidade de se associar.

Gestão democrática pelos membros

As cooperativas são administradas democraticamente por seus membros, que participam das decisões e da formulação de políticas. 

Cada cooperado tem um voto, independentemente do capital investido​. Todos os membros têm voz ativa, evitando a concentração de poder e garantindo uma gestão mais justa e transparente.

Participação econômica dos membros

Os cooperados contribuem financeiramente para o capital da cooperativa e compartilham os resultados da organização. 

O excedente econômico pode ser reinvestido na cooperativa, distribuído entre os membros ou utilizado para ações comunitárias ​​.

O modelo evita a exploração financeira e garante que os ganhos sejam redistribuídos para benefício dos próprios cooperados.

Autonomia e independência

As cooperativas são autônomas e independentes. Mesmo quando firmam parcerias com outras entidades (governo, empresas privadas, etc.), sua gestão permanece sob controle dos cooperados​.

Garante que as cooperativas mantenham seus valores e propósitos, sem interferência externa que possa comprometer sua missão.

Educação, formação e informação

As cooperativas promovem a capacitação contínua de seus membros, dirigentes e funcionários, além de informar a sociedade sobre os benefícios do cooperativismo​.

Fortalece o conhecimento dos cooperados, tornando-os mais preparados para gerir a cooperativa e tomar decisões estratégicas.

Intercooperação

As cooperativas trabalham em conjunto, fortalecendo-se mutuamente por meio de parcerias e redes de cooperação local, nacional e internacional​.

A união entre cooperativas permite maior competitividade e fortalecimento do setor, beneficiando a todos os envolvidos.

Interesse pela comunidade

As cooperativas têm compromisso com o desenvolvimento sustentável da comunidade onde atuam, investindo em ações sociais, ambientais e culturais​.

Garante que os benefícios do cooperativismo não se restringem apenas aos seus membros, mas impactam positivamente a sociedade como um todo.

Esses princípios são a base do cooperativismo e garantem que ele seja um modelo econômico mais justo, democrático e sustentável para todos.

Geração de empregos dentro do cooperativismo social

Bom, falaremos do Brasil. Atualmente, o cooperativismo brasileiro possui cerca de 5 mil cooperativas e 17,1 milhões de cooperados.

Os dados estão disponíveis no Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2020, desenvolvido pelo Sistema OCB. Fato é que para manter todas as atividades funcionando corretamente, foram necessários 455 mil funcionários, mesmo diante da crise causada pela pandemia.

Sendo assim, é possível dizer que o sistema é altamente capaz de gerar empregos e qualificar profissionais. Por consequência, promover um impacto econômico-social transformador. Caso você ainda não conheça, busque saber o que significa cooperativismo e surpreenda-se com seus princípios.

Ações sustentáveis

Em 2015, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu como prioridade os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Trata-se de uma agenda que mostra o caminho para cessar a pobreza, proteger o planeta e assegurar a prosperidade para todo o mundo até 2030. As cooperativas, nesse contexto, abraçaram a ideia e fortaleceram o cumprimento da meta.

Seus valores e princípios, por si só, são parceiros-chave para acelerar os processos. Porém, existem também iniciativas anuais voltadas a um dos objetivos.

Foi o caso, em 2020, do Dia C (Dia de Cooperar) para a 3º ODS — saúde e bem-estar. Na ocasião,1.480 ações trabalharam para a redução dos efeitos da pandemia.

Estrutura do cooperativismo acesso e redução da desigualdade social

A estrutura do cooperativismo também auxilia na tarefa contra as desigualdades sociais arraigadas, como a disparidade de gênero e financeira. Isso porque permite a participação de todos no mercado.

O setor agropecuário brasileiro de 2020 englobou 1.001.362 cooperados e somou R$ 10 bilhões, o que, se não fosse o sistema, estaria centralizado nas mãos somente dos grandes produtores.

É uma das vantagens cooperativas tendo em vista a parte social!

Setores em que o cooperativismo está presente

As cooperativas se dividem em 7 ramos, fragmentação que passou a vigorar no Brasil em 2019. São eles:

Agropecuário

Reúnem produtores rurais para melhorar a produção, compra de insumos e comercialização.

Consumo

Facilitam o acesso a produtos e serviços de qualidade a preços justos para os cooperados.

Crédito

Oferecem serviços financeiros com condições vantajosas para seus associados.

Infraestrutura

Focam na melhoria e gestão de serviços essenciais, como energia e saneamento.

Trabalho, Produção de Bens e Serviços, que abrange cooperativa de trabalho

Inclui cooperativas de trabalho, promovendo emprego e renda coletiva.

Saúde

Prestam serviços médicos e hospitalares acessíveis e de qualidade.

Transporte

Organizam o transporte de cargas e passageiros de forma mais eficiente e econômica.

Leis regulamentam o cooperativismo como alternativa social

O cooperativismo é regulamentado no Brasil por diversas leis que garantem sua legalidade e funcionamento como uma alternativa social viável. As principais legislações que sustentam esse modelo são:

Lei 5.764/1971 – Lei do cooperativismo

Define a política nacional do cooperativismo e estabelece o regime jurídico das cooperativas.

Reconhece as cooperativas como sociedades de pessoas, sem fins lucrativos.
Determina que a gestão deve ser democrática e que os associados têm igualdade de direitos e deveres. Estabelece que os resultados financeiros são distribuídos proporcionalmente à participação dos cooperados​.

Lei 8.949/1994 – Exclusão de vínculo empregatício

Altera a CLT para estabelecer que não há vínculo empregatício entre cooperados e a cooperativa, nem entre cooperados e os tomadores de serviço. Garante que o trabalho cooperado seja reconhecido como autônomo. Impede que cooperativas sejam utilizadas fraudulentamente para burlar direitos trabalhistas​.

Lei 10.666/2003 – Previdência social e cooperativas

Define a obrigatoriedade de contribuição previdenciária para cooperativas de trabalho. Exige que as cooperativas recolham INSS para garantir aposentadoria e benefícios sociais aos cooperados​.

Lei 12.690/2012 – Cooperativas de trabalho

Regulamenta o funcionamento das cooperativas de trabalho e define regras para evitar fraudes.
Determina que as cooperativas devem garantir boas condições de trabalho e distribuição justa dos rendimentos.

Exige que as cooperativas promovam formação profissional e condições dignas aos seus membros. Estabelece regras para jornada de trabalho, remuneração e participação democrática dos cooperados​.

Constituição Federal (Artigo 174, §2º)

Determina que o Estado deve apoiar e estimular o cooperativismo.
O poder público deve criar mecanismos de incentivo e estímulo às cooperativas, promovendo seu desenvolvimento sem interferir diretamente na sua gestão​.

Essas leis garantem que o cooperativismo seja uma alternativa social legalmente reconhecida, promovendo inclusão econômica, trabalho digno e distribuição justa da renda.

Por fim, ressaltamos o cooperativismo como uma alternativa capaz de despertar impactos positivos. Não só para os cooperados, mas para toda a sociedade. Desse modo, é um setor que traz perspectivas aos olhos da população e da sustentabilidade.

Por isso, a Corporis Brasil, especializada em gestão e contratação de colaboradores, tem orgulho de fazer parte dessa história!

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